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Ex-vereadora de Uberlândia vai a júri popular por tentativa de homicídio

A ex-vereadora Pâmela Volp vai ser levada a júri popular pela tentativa de homicídio contra uma detenta na Penitenciária de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, em fevereiro de 2022. Outros cinco réus também serão julgados pelo mesmo crime. Volp está presa desde novembro de 2021, quando foi deflagrada a "Operação Libertas", pelo Ministério Público de Minas gerais (MPMG), contra exploração de mão de obra de pessoas trans e travestis em serviços sexuais.




 
A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (6/3) pela 5ª Vara Criminal da comarca de Uberlândia. No texto, o juiz Dimas Borges de Paula pronuncia os réus para que sejam julgados pelo tribunal do júri por crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
 
De acordo com a denúncia apresentada pelo MPMG, a mando de Volp, as demais acusadas espancaram a vítima na penitenciária com diversos chutes, pisadas na cabeça e socos, além de pularem sobre o peito da vítima por duas vezes.
 
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O crime teria sido motivado pelo furto de 17 cigarros que pertenciam à ex-vereadora. A vítima teria pegado os cigarros enquanto Volp estava em quarentena em outra cela da unidade. 




 
A pessoa espancada estava dormindo sob efeito de medicação quando foi atacada. A defesa dos réus ainda pode recorrer para tentar reverter a sentença de pronúncia junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
 
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'Operação Libertas'


Pâmela Volp foi presa durante a "Operação Libertas", que tinha como objetivo a apuração de crimes como associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo.
 
No decorrer dos últimos meses, ela foi acusada de outros crimes, como comandar um esquema de extorsão na ala LGBTQIA+ da penitenciária e estupro.
 
No início de fevereiro, Volpe e mais duas pessoas foram condenadas em primeira instância a mais de 10 anos de prisão por roubar o celular de uma travesti e a agredir em Uberlândia. O Ministério Público havia denunciado o trio pelo crime, que ocorreu em 2018.