
A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (6/3) pela 5ª Vara Criminal da comarca de Uberlândia. No texto, o juiz Dimas Borges de Paula pronuncia os réus para que sejam julgados pelo tribunal do júri por crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
De acordo com a denúncia apresentada pelo MPMG, a mando de Volp, as demais acusadas espancaram a vítima na penitenciária com diversos chutes, pisadas na cabeça e socos, além de pularem sobre o peito da vítima por duas vezes.
O crime teria sido motivado pelo furto de 17 cigarros que pertenciam à ex-vereadora. A vítima teria pegado os cigarros enquanto Volp estava em quarentena em outra cela da unidade.
A pessoa espancada estava dormindo sob efeito de medicação quando foi atacada. A defesa dos réus ainda pode recorrer para tentar reverter a sentença de pronúncia junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
'Operação Libertas'
Pâmela Volp foi presa durante a "Operação Libertas", que tinha como objetivo a apuração de crimes como associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo.
No decorrer dos últimos meses, ela foi acusada de outros crimes, como comandar um esquema de extorsão na ala LGBTQIA+ da penitenciária e estupro.
No início de fevereiro, Volpe e mais duas pessoas foram condenadas em primeira instância a mais de 10 anos de prisão por roubar o celular de uma travesti e a agredir em Uberlândia. O Ministério Público havia denunciado o trio pelo crime, que ocorreu em 2018.