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Estado de Minas FEMINICÍDIO

Caminhoneiro que atropelou e matou mulher no Anel alega acidente

Crime ocorreu na quinta-feira passada (2/3), quando a mãe foi morta na frente da filha do casal, de 6 anos


07/03/2023 12:10 - atualizado 07/03/2023 14:10

A delegada Letícia Gamboge (C) ao lado de dois outros delegados da PC
A delegada Letícia Gamboge (C) informou que as investigações vão apontar se houve ou não intenção do caminhoneiro de matar a vítima (foto: PCMG/Divulgação)

O caminhoneiro, de 39 anos, que matou a mulher, Jaqueline Miranda Evangelista Ferreira, também de 39, atropelada no Anel Rodoviário, no Bairro Olhos D’água, na quinta-feira (2/3), na frente da filha, de 6 anos, está preso no Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele foi preso numa casa, no Bairro Nacional, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.


Segundo a delegada-a chefe do DHPP, Letícia Gamboge, a polícia investiga as circunstâncias envolvendo a morte da vítima, uma vez que o suspeito alega ter sido um acidente. Segundo testemunhas, ele teria passado sobre a mulher duas vezes.

 

“Indubitavelmente se trata de uma morte violenta; ela foi vítima de um atropelamento. Nosso objetivo com as investigações é exatamente apurar se se trata de crime doloso, ou seja, se foi intencional, ou de crime culposo, se não havia a intenção em matar a vítima”, explica a delegada.


Segundo ela, independentemente de haver ou não a intenção em matar, imediatamente após os fatos, policiais iniciaram as buscas pelo suspeito e, no dia seguinte ao crime, foi pedida a sua prisão temporária. “De toda forma, como resta evidenciado pelas imagens coletadas em câmeras de segurança no entorno do local, ele não prestou socorro à vítima.”


Ao prestar depoimento, o homem disse que não teve a intenção de matar a companheira, mas confirmou que, após o atropelamento reconheceu que se tratava  da esposa. Segundo afirmou à polícia, ele ficou nervoso diante do ocorrido e por isso não teria prestado o devido socorro. Quanto à filha do casal, que estava no local, o caminhoneiro alega que não percebeu a presença da menina.

 

As investigações ainda estão em andamento, com a coleta de novos depoimentos de testemunhas, exames periciais e levantamentos de campo visando à total elucidação dos fatos.


A advogada do caminhoneiro disse que vai entrar com um pedido para que ele responda ao processo em liberdade, e alegou que a filha do casal, que viu a mãe ser morta, precisa da presença do pai, já que perdeu a mãe.


Irmã da vítima 


A polícia leva em consideração informações passadas pela irmã da vítima, Cristina Miranda, de que o motorista tem histórico de uso de drogas e rebite, e que, por isso, Jaqueline o monitorava 


 


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