O caminhoneiro, de 39 anos, que matou a mulher, Jaqueline Miranda Evangelista Ferreira, também de 39, atropelada no Anel Rodoviário, no Bairro Olhos D’água, na quinta-feira (2/3), na frente da filha, de 6 anos, está preso no Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele foi preso numa casa, no Bairro Nacional, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo a delegada-a chefe do DHPP, Letícia Gamboge, a polícia investiga as circunstâncias envolvendo a morte da vítima, uma vez que o suspeito alega ter sido um acidente. Segundo testemunhas, ele teria passado sobre a mulher duas vezes.
“Indubitavelmente se trata de uma morte violenta; ela foi vítima de um atropelamento. Nosso objetivo com as investigações é exatamente apurar se se trata de crime doloso, ou seja, se foi intencional, ou de crime culposo, se não havia a intenção em matar a vítima”, explica a delegada.
Segundo ela, independentemente de haver ou não a intenção em matar, imediatamente após os fatos, policiais iniciaram as buscas pelo suspeito e, no dia seguinte ao crime, foi pedida a sua prisão temporária. “De toda forma, como resta evidenciado pelas imagens coletadas em câmeras de segurança no entorno do local, ele não prestou socorro à vítima.”
Ao prestar depoimento, o homem disse que não teve a intenção de matar a companheira, mas confirmou que, após o atropelamento reconheceu que se tratava da esposa. Segundo afirmou à polícia, ele ficou nervoso diante do ocorrido e por isso não teria prestado o devido socorro. Quanto à filha do casal, que estava no local, o caminhoneiro alega que não percebeu a presença da menina.
As investigações ainda estão em andamento, com a coleta de novos depoimentos de testemunhas, exames periciais e levantamentos de campo visando à total elucidação dos fatos.
A advogada do caminhoneiro disse que vai entrar com um pedido para que ele responda ao processo em liberdade, e alegou que a filha do casal, que viu a mãe ser morta, precisa da presença do pai, já que perdeu a mãe.
Irmã da vítima
A polícia leva em consideração informações passadas pela irmã da vítima, Cristina Miranda, de que o motorista tem histórico de uso de drogas e rebite, e que, por isso, Jaqueline o monitorava