A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão contra suspeitos de ameaçar mulheres com arma de fogo em Belo Horizonte, na manhã desta terça-feira (7/3). Os endereços foram listados conforme determinações de medidas protetivas.
Durante a operação, os investigadores não encontraram nenhum projétil, mas, mesmo assim, viram a ação como algo preventivo. Chefe da Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerância (Demid), Renata Ribeiro destacou a importância da ação.
“Cumprimos os mandados para verificar se esses suspeitos tinham armas de fogo em casa. Com isso, agimos de forma preventiva com o objetivo de evitar o uso dessa arma ou que ela possa servir para ameaçar ou coagir a vítima de alguma forma”, disse.
Durante o Mês da Mulher, a corporação vai distribuir uma cartilha informativa que explica a importância das medidas protetivas no combate aos crimes contra a mulher. O documento também pode ser acessado pelo site da Polícia Civil de Minas. "As medidas protetivas salvam vidas. A gente tende a desacreditar nelas, mas as mulheres podem ter a vida transformada após a solicitação da medida", ressaltou a delegada Renata Ribeiro.
Prisão por maus-tratos
Ao longo da operação desta manhã, a Polícia Civil também cumpriu um mandado de busca e apreensão por suspeita de maus tratos contra uma mulher de 45 anos, que é deficiente, na Região de Venda Nova. O filho da mulher, de 28, foi detido e conduzido como suspeito de manter a mãe em condições degradantes.
Segundo Marcella Bacellar, delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Pessoa com Deficiência e a Idoso (Dead), o mandado foi expedido após uma denúncia anônima feita na ouvidoria do Ministério Público. No local, os investigadores constataram que a mulher estava em situação de maus-tratos.
A curatela da vítima, ou seja, a proteção dos seus direitos e interesses, pertence à sua outra filha, que não estava em casa no momento da abordagem. “Ele [o filho] foi conduzido à delegacia, onde será ouvido, e vamos continuar as investigações e determinar de fato a autoria do delito praticado contra a vítima. No caso, inicialmente, é um delito de maus-tratos”, afirmou.