Em evento em Brumadinho nesta terça-feira (7/3), o deputado federal Pedro Aihara (Patriota) tratou a Frente Parlamentar de Prevenção a Desastres como iniciativa para evitar novas tragédias e mortes no país. A iniciativa foi sugerida à Câmara dos Deputados no início deste mês e aguarda despacho do presidente da casa para iniciar os trabalhos.
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Brumadinho: Governo de Minas repassa R$ 232 milhões do acordo judicial Brumadinho: Ministro anuncia criação de Conselho de Política MineralTragédia de Brumadinho: quatro anos de angústiaBH: crianças terão aulas gratuitas de beach tennis no Viaduto das Artes“Somente na tragédia de São Paulo, já são mais de 49 mortos. E, para além do sofrimento infinito das famílias, é doloroso mas necessário dizer que o estado, em todas as suas instâncias e esferas, tem suas mãos sujas de sangue. Quando deixamos de realizar o planejamento urbano, quando negligenciamos o uso e ocupação do solo de formas adequadas ou a questão estrutural das moradias nas áreas de risco, também somos responsáveis enquanto sociedade organizada pelas mortes dessas pessoas", disse ao relembrar as chuvas que assolaram o litoral paulista no verão.
"A Frente Parlamentar que instituí é um esforço no sentido de sensibilizarmos e empreendermos ações que mudem o foco das ações para a prevenção e não somente a resposta”, completou.
"A Frente Parlamentar que instituí é um esforço no sentido de sensibilizarmos e empreendermos ações que mudem o foco das ações para a prevenção e não somente a resposta”, completou.
Frente Parlamentar
O requerimento de criação da Frente Parlamentar de Prevenção a Desastres e Apoio Humanitário foi submetido à presidência da Câmara dos Deputados na última quarta-feira (1º/3). Aihara será o coordenador da frente e a representará na casa legislativa.
Ainda sobre a criação da frente, o deputado federal voltou a criticar o que considera descaso do poder público com a prevenção de desastres e falta de investimento e planejamento técnico na área.
“A Frente Parlamentar é o grito dos que já estão inconformados com (o fato de) todo ano o noticiário repetir mortes por chuvas e outros fenômenos, e isso ter se tornado algo corriqueiro. A chuva não causa desastres nem mortes. O que causa mortes é são superficialidade e oportunismo com as quais as políticas públicas de gestão do risco e prevenção de desastres têm sido tratadas. Esse é o real desastre brasileiro”, concluiu.
Na cerimônia desta terça foi anunciado que, do valor firmado entre o governo estadual, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) e a mineradora Vale S/A, R$ 218,7 milhões serão investidos no Complexo Hospitalar Valdemar de Assis Barcelos. O restante da verba será utilizado em políticas socioassistenciais de Brumadinho.