Substituição de funcionários, aulas reduzidas e aviso com antecedência para as famílias não perderem a viagem. Esses são alguns dos reflexos da paralisação dos professores da rede municipal de ensino em Belo Horizonte, que começou nesta quarta-feira (8/3).
Nesta manhã, a reportagem do jornal Estado de Minas esteve em algumas EMEIs na região Leste e Sul de BH e constatou que, mesmo com alguns servidores tendo aderido ao movimento, as aulas foram mantidas de forma adaptada.
Na EMEI Pompéia, na Região Leste de BH, duas turmas do turno da tarde foram dispensadas das aulas nesta quarta-feira (8/3). No portão de entrada, a direção da escola deixou um aviso para os pais. Os alunos da manhã, no entanto, tem aulas normalmente.
Já a EMEI Capivari, no bairro Serra, na região Centro-Sul de BH, teria contratado oito professores assistentes para cobrir a demanda da educação especial. A informação foi repassada à reportagem por um funcionário, que preferiu não se identificar.
A EMEI Baleia, no bairro Saudade, na região Leste de BH, todos os professores estavam em atividade nesta manhã de quarta-feira (08/03).
Professores pedem salários melhores
A categoria cobra o pagamento do piso nacional dos professores, que teve um reajuste de 15% em relação ao ano passado. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), entretanto, propôs um aumento quase etrês vezes menor, chegando a apenas 5.93%.
Segundo levantamento preliminar do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-Rede), a adesão da categoria à paralisação já chega a quase 70%.
Nesta tarde, os professores se reúnem em assembleia na Praça da Estação, região Central da capital, para definir os rumos da greve.