A delegada Tatiana Alves Torres tomou posse, na manhã desta quarta-feira de Dia da Mulher (8/3), como superintendente da Polícia Federal (PF) em Minas Gerais. A cerimônia ocorreu nesta manhã no Minascentro, em Belo Horizonte, e contou com a presença do Diretor Geral da PF, o delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira
Natural de Coronel Fabriciano, no Vale do Rio Doce, Tatiana é apenas a segunda mulher a assumir o cargo em Minas. A delegada é formada em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e está na PF desde 2002, quando começou atuando em Mato Grosso do Sul, como chefia na Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente.
Em seu discurso Tatiana reconheceu a simbologia da posse no Dia da Mulher. “É uma grande alegria ocupar este lugar no dia em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, data marcada pela luta feminina, por justiça, igualdade e respeito”, disse Tatiana Alves.
Lotada na capital mineira desde 2004, a delegada esteve à frente das Delegacias Especializadas de combate a Crimes contra o Meio Ambiente, Crimes Eleitorais, Crimes Fazendários e, por último, na de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros.
A nova superintendente ainda tem em seu currículo cursos internacionais em Direito Penal, combate ao tráfico ilícito de bens culturais e corrupção. Tatiana também já representou a Polícia Federal em reuniões da Interpol.
Mulheres na história
Tatiana Torres ainda relembrou mulheres que marcaram, e ainda marcam, a história do Brasil e do mundo como Rosaly Lopes, chefe do departamento de ciências planetárias da NASA, e Chiquinha Gonzaga (1847-1935), primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Por outro lado, a superintendente destacou o apagamento das figuras femininas na história.
“Assim como elas há centenas de outras, brasileiras ou não, cujo as realizações foram omitidas pelos historiadores ou precisaram se passar por homens em busca de suas aspirações”, afirmou Tatiana.
A superintendente é apenas a segunda mulher a assumir o cargo em Minas, fator lembrado em seu discurso. Em contrapartida, 18 homens já passaram pelo cargo de 1970 até 2022. Em janeiro, outras oito mulheres foram nomeadas para superintendência da PF no Alagoas, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.
“Em uma instituição onde grande parte do efetivo é composto por homens, é um desafio assumir funções de comando. Em Minas Gerais apenas 15% dos servidores da Polícia são mulheres”, destacou Tatiana Alves Torres.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira