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Estado de Minas LATROCÍNIO

Presos seis participantes em latrocínio e ocultação de cadáveres

Família matou mãe e filho para roubar dinheiro de conta de homem


10/03/2023 09:03 - atualizado 10/03/2023 09:55

O delegado Carlos Fernandes, de Ituiutaba, presidiu o inquérito que culminou com seis prisões por latrocínio e ocultação de dois cadáveres
O delegado Carlos Fernandes, de Ituiutaba, presidiu o inquérito que culminou com seis prisões por latrocínio e ocultação de dois cadáveres (foto: PCMG)

Um caso de duplo latrocínio, que vitimou mãe e filho, com cárcere privado e ocultação de cadáveres em janeiro deste ano, foi esclarecido pela Polícia Civil de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Seis suspeitos de envolvimento no crime foram presos. 


Segundo o delegado Carlos Fernandes, da Delegacia de Polícia Civil, em Ituiutaba, o inquérito tem mais de 400 páginas, depois de um mês de investigações. “Trata-se de um procedimento com conteúdo probatório extenso e robusto, que servirá de arrimo para a análise de denúncia pelo Ministério Público.”


O delegado Fernandes explica que o trabalho dos investigadores foi intenso e eles conseguiram recuperar todos os pertences roubados das vítimas, como dinheiro, jóias, documentos pessoais, cartões bancários, veículo e um revólver, calibre 38.


 “A arma de fogo foi adquirida por duas pessoas, que foram ouvidas no inquérito policial, as quais serão responsabilizadas pelos crimes de receptação e porte ilegal de arma de fogo”, afirma o delegado.


“Foi um crime gravíssimo e de difícil elucidação, uma vez que foi cometido em dois estados, Minas Gerais e Goiás, e em três cidades diferentes, Ituiutaba, Goiânia e Professor Jamil”, diz ele.


Em parceria com a polícia de Goiás, foi apurado que um idoso de 63 anos e a mãe dele, de 85, foram mortos, respectivamente, nos dias 19 de janeiro, em Ituiutaba, e em 25, do mesmo mês, em Goiânia.


A polícia goiana identificou o corpo da idosa, abandonado na cidade de Professor Jamil, em Goiás, e localizou o cadáver da primeira vítima, queimado, em 27 de janeiro, num canavial no Triângulo Mineiro.


Ao prender os três primeiros integrantes do grupo criminoso, pai (59 anos), mãe (52) e filho (25), contaram que, antes das execuções, eles teriam se alojado no apartamento das vítimas, em Goiânia.


A partir daí, passaram a ministrar remédios para dopá-las, o que teriam conseguido já no primeiro dia. Assim, eles forçaram uma das vítimas, o filho, de 63 anos, a fornecer senhas bancárias com o objetivo de levar a quantia de R$180 mil, mas ela resistiu.


Diante da negativa da vítima, o trio decidiu levar objetos de valor e dinheiro que havia na residência. Com os bens, os suspeitos resolveram voltar para Ituiutaba levando o homem de 63 anos, com o objetivo de extorqui-lo.


Começou, aí a tortura contra essa vítima, que era dopada todos os dias, com altas doses de medicamento controlado. O homem acabou morrendo, sem fornecer a senha de seu cartão bancário. Os ladrões levaram o corpo para um canavial e queimaram junto com pneus.


O trio de assaltantes resolveu retornar a Goiânia e contar à mãe da primeira vítima que o filho tinha morrido, em consequência de um mal súbito. A idosa começou a chorar e mostrava estar em sofrimento. Os três decidiram, então, dopá-la.


A mulher acabou morrendo. O corpo foi levado para Ituiutaba, onde também ateariam fogo neste. Mas, no caminho, sofreram um acidente e resolveram jogar o corpo num matagal, temendo serem surpreendidos pela polícia.


As investigações apontaram que havia outros três envolvidos no crime, dois homens, de 19 e 20 anos, e a mulher de 20, todos presos. Os seis estão sendo indiciados por latrocínio. Eles foram encaminhados para o sistema prisional.


 


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