A Escola de Enfermagem da UFMG (EEUFMG) formalizou um Termo de Cooperação com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), na manhã desta terça-feira (14/3), que visa contribuir para melhor vigilância de dados sobre a violência contra meninas e mulheres no estado.
A parceria com a PCMG surgiu após o desenvolvimento do projeto “Prevalência, mortalidade e carga global da violência com foco na Violência contra meninas e mulheres” , pela EEUFMG, que busca analisar diversos dados e indicadores sobre a violência no Brasil.
A coordenadora do projeto, professora Deborah Carvalho Malta, relata que a violência contra meninas e mulheres (VCMM) no Brasil tem grande magnitude e distribuição desigual na população do país.
“Compreender a associação entre as desigualdades sociais, as vulnerabilidades das mulheres e esse agravo torna-se essencial para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes no enfrentamento da VCMM. É necessário, ainda, produzir dados passíveis de comparação nacionais e internacionais, de forma a analisar criticamente o impacto de mudanças sociopolíticas na ocorrência dessa violência”, explica a professora.
Segundo ela, o convênio, portanto, é uma forma de contribuir para o combate desse tipo de crime, auxiliando na criação e no aprimoramento de políticas públicas voltadas para a questão. "Também é necessário compreender as demandas das vítimas para melhor acolhê-las no sistema público de saúde e nas delegacias."
Segundo ela, o convênio, portanto, é uma forma de contribuir para o combate desse tipo de crime, auxiliando na criação e no aprimoramento de políticas públicas voltadas para a questão. "Também é necessário compreender as demandas das vítimas para melhor acolhê-las no sistema público de saúde e nas delegacias."
De acordo com a Escola de Enfermagem, uma das metas específicas com a Polícia é desenvolver é aprimorar software de gerenciamento de dados (Gestão de Perícias Oficiais - GPO), com integração de sistemas diversos utilizados pela Segurança Pública estadual em Minas Gerais para armazenamento de dados, dividido em dois módulos: Corpo delito (Vivo) e Necropsia (Morto).
A universidade, por sua vez, pretende analisar o perfil das vítimas e dos agressores em Belo Horizonte e em Minas Gerais para tentar propor ações direcionadas e revisar políticas públicas.
*Estagiária sob supervisão