Uma doação do banco internacional de medula, que veio da Inglaterra, garantiu a Raimunda Souza de Almeida Carmo, de 53 anos, a realização de um transplante no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF). Moradora de Andrelândia, no Sul de Minas, a paciente foi diagnosticada em 2018 com aplasia medular – doença da medula óssea em que há diminuição da produção das células sanguíneas.
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“Fiquei muito feliz. Com muita fé, eu recebi essas células. Era muito arriscado. No entanto, eu falei que eu até poderia morrer, mas seria lutando. Fiz o transplante, e logo minha medula ‘pegou’. Milagres acontecem”, relata.
Tratamento
Conforme o médico hematologista Abrahão Hallack, a paciente iniciou o tratamento no Ambulatório de Aplasia de Medula. “O procedimento representa um passo importante para o início de um programa de transplante de medula óssea que utiliza doadores fora da família. Isso possibilita a expansão do acesso a mais doadores, aumentando a oferta de tratamento para mais pessoas”, avalia.
A medula foi trazida por um profissional de saúde e com a intermediação do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Criado em 1993 em São Paulo, o órgão mantém um banco de dados de pessoas dispostas a doar medula para quem precisa de transplante.
Desde 1998, o Redome, que pertence ao Ministério da Saúde, é coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), no Rio de Janeiro, e conta com mais de 5 milhões de doadores cadastrados. Anualmente são incluídos mais de 300 mil novos doadores.