Um homem de 35 anos foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nessa terça-feira (14/3) pelo crime de homicídio qualificado de outro de 56 anos no bairro João Pinheiro, Região Noroeste de Belo Horizonte.
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O crime
De acordo com a 6ª Delegacia Especializada de Homicídios Noroeste do DHPP, no dia 4 de março, o autor do crime foi até a casa de Paulo Vieira para conversar com ele. Chegando lá, a vítima estava acompanhada de sua neta, e o suspeito iniciou uma tentativa de reatar o relacionamento conturbado, que tinha acabado no carnaval, por causa de agressões físicas de ambas as partes.
Diante da recusa da neta em reatar o relacionamento, o avô decidiu ir para um bar com a mulher. O agressor comprou uma lata de cerveja em outro estabelecimento próximo e usou o objeto para golpear a cabeça da mulher, que perdeu os sentidos momentaneamente. Por causa das agressões, o homem foi expulso do bar pelo dono do local e outras pessoas que estavam no local.
Depois, o agressor retornou com um objeto de madeira em mãos, deixando a vítima da tentativa de feminicídio com medo. O avô se dirigiu ao homem armado para resolver o conflito amigavelmente, quando foi atingido com o objeto na cabeça e morreu no local. Assustada, a mulher fechou a porta do estabelecimento, mas não foi o suficiente para parar o agressor, que arrombou a porta. A neta se defendeu com uma garrafa de cerveja.
A investigação sobre o caso durou dez dias, até que o suspeito foi preso na tarde da última na região da Delegacia Especializada de Homicídios Noroeste, no bairro Alípio de Melo, em Belo Horizonte. A Polícia Civil suspeita que o homem havia fugido para Congonhas, na Região Central de Minas Gerais
Não é a primeira vez
A neta de Paulo Vieira não é a primeira a sofrer agressões por parte do suspeito. O homem tem cinco medidas protetivas de urgência contra ele, vindas de três mulheres diferentes. Todas as vítimas são ex-namoradas, sendo a terceira a vítima da tentativa de feminicídio.
O homem já foi preso antes pelo crime de violência doméstica e tem passagem pela polícia pelo uso de drogas. Quando ele prestou depoimento na delegacia, alegou que as agressões contra a última vítima eram em legítima defesa e que ela começou as agressões, sem motivos.