O Coletivo Quantos foi lançando nesta quarta-feira (15/3), em Belo Horizonte, e começará a se dedicar às atividades que visam estimular o aumento da representatividade de pessoas negras em cargos de liderança nas empresas de mineração.
coletivo, que começou a tomar forma há um ano, antes de ser lançado oficialmente hoje.
Cerca de 30 pessoas – entre elas profissionais da comunicação, engenheiros e advogados – integram a frente de trabalho do “Apesar de a população brasileira ser 54% negra, líderes negros representam menos de 30% dos cargos gerenciais nas empresas do país, segundo o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Esse índice cai para 4,7%, se consideradas apenas as 500 maiores empresas”, aponta o coletivo, em comunicado, ao justificar a preocupação com o tema.
Nesse sentido, o coletivo participa em 28 de março da Semana da Diversidade e Inclusão na Mineração do Brasil (Diversibram). Trata-se de um evento virtual para debater ações desenvolvidas pelo setor em prol da inclusão e diversidade, além da importância do aumento do número de mulheres na mineração.
O evento é organizado pelo IBRAM, uma organização privada, sem fins lucrativos, com mais de 160 associados, responsáveis por 85% da produção mineral do Brasil.
Logo, o cofundador do Coletivo Quantos e mestre em Educação pelo Centro Universitário UNA, Hélcio Martins Borges, irá palestrar durante o painel intitulado “Interseccionalidade – Raças e Etnias”. No entanto, para além do debate no fim deste mês, ele conta que a intenção é realizar posteriormente uma espécie de ‘censo’ nas companhias.
“Vamos realizar visitas nas empresas de mineração de todo o país para, inicialmente, fazer um levantamento de quantas pessoas negras trabalham no local e os cargos que elas ocupam”, conta Hélcio ao EM, pontuando que, a partir do diagnóstico, estratégias serão elaboradas para conseguir potencializar o acesso dessas pessoas a cargos de liderança.