Uma batida entre dois carros na noite dessa quarta-feira (15/3) terminou com uma pessoa ferida por tiro disparado por um policial civil, irmão de um dos envolvidos no acidente. O caso aconteceu na Avenida Barão Homem de Melo, Bairro Estoril, Região Oeste de Belo Horizonte.
O policial teria chegado ao local instantes após a colisão e entrado na discussão, a pedido do irmão.
O Corpo de Bombeiros foi acionado após o ocorrido e prestou socorro ao motorista baleado. Seu estado de saúde é estável.
Segundo o motorista que dirigia um Volkswagen Up, ele estava subindo a avenida quando foi fechado por outro veículo. Nesse momento, os dois desceram do carro e o outro motorista, que dirigia um Fiat Cronos, começou a ameaçá-lo.
Após as ameaças, o motorista do Volkswagen foi até um estabelecimento para fazer uma ligação e pedir apoio ao irmão, que é policial civil.
Ao chegar, o policial abordou o motorista do Fiat Cronos, que teria tentado tomar sua arma. Nesse momento, o policial atirou na perna do motorista.
Versão do motorista baleado
O motorista do Fiat Cronos negou a versão apresentada pelo irmão do policial, alegando que o outro motorista é quem bateu em seu carro.
Ele afirmou que estava trafegando na velocidade adequada, quando foi ultrapassado pelo Up. Ao perceber o perigo da manobra, buzinou várias vezes para alertar o motorista, que freiou bruscamente, causando a colisão.
Segundo ele, o policial civil o abordou de forma violenta, puxando sua camisa. Megou que teria tentado tomar a arma.
Nota da Polícia Civil, na íntegra
“A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que o servidor, de 39 anos, deslocou-se na noite desta quarta-feira (15/3), ao bairro Estoril, em BH, para prestar apoio em uma ocorrência de acidente de trânsito em que os ânimos estavam exaltados.
Ao chegar no local, ele se identificou como policial civil, contudo, um dos condutores ofereceu resistência à abordagem e foram efetuados dois disparos de arma de fogo: o primeiro, em caráter de advertência, em direção ao solo; já o segundo atingiu uma das pernas do abordado, que foi encaminhado para atendimento médico.
Diante dos fatos, o policial civil realizou todas as diligências e acionamentos necessários, sendo apresentado à Autoridade Policial, que, após criteriosa análise dos fatos, não ratificou sua prisão em flagrante delito em face da fragilidade dos indícios e elementos probatórios.
O caso é acompanhado pela Corregedoria-Geral de Polícia Civil e o procedimento investigativo prossegue para sua completa elucidação.”