Um homem de 49 anos foi preso em Belo Horizonte, na tarde deste sábado (18/03), e afirmou ser o 10º mais procurado integrante da facção criminosa interestadual Comando Vermelho, fundada no Rio de Janeiro, na década de 1979. A prisão pode se tratar do segundo grande traficante do Rio de Janeiro encontrado em BH em uma semana, mas as investigações ainda não confirmaram a sua história.
José Carlos Barbosa tinha mandado de prisão expedido no dia 9 de março deste ano pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) por suspeita de envolvimento no homicídio de um empresário no estado vizinho.
Na noite dessa terça-feira (14/3), investigadores da Delegacia Especializada de Investigação e Repressão a Roubos e Bancos, pertencente ao Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), da Polícia Civil de Minas, prenderam Marcos Vinícius dos Santos, o Chapola do Dendê, um dos líderes da facção Terceiro Comando Puro (TCP).
Chapola operava na favela carioca Morro do Dendê (RJ), enquanto morava em uma casa no bairro Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
O suspeito contou vários fatos, ainda em averiguação, aos policiais que o prenderam. Ele afirmou ser autor de diversos homicídios e que sofre ameaças de morte de rivais do Rio de Janeiro, Goiás e de Minas Gerais.
Ao dizer que era um dos mais procurados da facção criminosa, afirmou conhecer nomes célebres, o que chamou a atenção de alguns investigadores que conversaram com a reportagem.
"O nome dele não aparece como sendo alvo prioritário das facções do crime organizado. Isso está sendo averiguado, mas não está ainda confirmado", informou uma fonte da Polícia Civil de Minas Gerais, que não tem autorização para dar entrevista.
Chama a atenção, também, que ele disse conhecer personalidades, mas as afirmações apresentam possíveis inconsistências. "Ele disse que conhecia o Fernandinho Beira-Mar, um dos maiores traficantes do Brasil preso em presído federal e que chegou a operar em BH e em Betim. Mas não disse nada do maior associado dele, o Roney Peixoto, que é mineiro e inclusive tinha seus domínios na região onde ele estava bebendo, no bar onde foi preso", afirma essa fonte policial.
Outro detalhe que intrigou os investigadores foi o suspeito dizer que conhecia o "Escadinha", o apelido do traficante do Comando Vermelho José Carlos dos Reis Encina, que teve frustrada uma fuga cinematográfica de helicóptero do Instituto Penal Cândido Mendes, na Ilha Grande, em 1986. O criminoso foi solto em 1999 e morto em 2004, no Rio de Janeiro.
"Faz muito tempo que o escadinha morreu. E morreu 4 anos depois de sair da prisão, quando passou a agir fora dos morros. Já não era figura tão expressiva. O resto do tempo esteve preso e seu auge foi quando o suspeito aqui de BH era jovem demais. Tudo isso levanta dúvidas sobre essa história", informou o policial, que ainda não está convencido sobre a relação do detido com o crime organizado.
José Carlos Barbosa tinha mandado de prisão expedido no dia 9 de março deste ano pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) por suspeita de envolvimento no homicídio de um empresário no estado vizinho.
Na noite dessa terça-feira (14/3), investigadores da Delegacia Especializada de Investigação e Repressão a Roubos e Bancos, pertencente ao Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), da Polícia Civil de Minas, prenderam Marcos Vinícius dos Santos, o Chapola do Dendê, um dos líderes da facção Terceiro Comando Puro (TCP).
Chapola operava na favela carioca Morro do Dendê (RJ), enquanto morava em uma casa no bairro Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
- Leia também: Carros, pagode e drogas: vizinhos relatam vida do traficante Chapola em BH
- E mais: Delegado detalha prisão de Chapola, chefe do tráfico do Dendê, em podcast
O suspeito contou vários fatos, ainda em averiguação, aos policiais que o prenderam. Ele afirmou ser autor de diversos homicídios e que sofre ameaças de morte de rivais do Rio de Janeiro, Goiás e de Minas Gerais.
Ao dizer que era um dos mais procurados da facção criminosa, afirmou conhecer nomes célebres, o que chamou a atenção de alguns investigadores que conversaram com a reportagem.
"O nome dele não aparece como sendo alvo prioritário das facções do crime organizado. Isso está sendo averiguado, mas não está ainda confirmado", informou uma fonte da Polícia Civil de Minas Gerais, que não tem autorização para dar entrevista.
Chama a atenção, também, que ele disse conhecer personalidades, mas as afirmações apresentam possíveis inconsistências. "Ele disse que conhecia o Fernandinho Beira-Mar, um dos maiores traficantes do Brasil preso em presído federal e que chegou a operar em BH e em Betim. Mas não disse nada do maior associado dele, o Roney Peixoto, que é mineiro e inclusive tinha seus domínios na região onde ele estava bebendo, no bar onde foi preso", afirma essa fonte policial.
Outro detalhe que intrigou os investigadores foi o suspeito dizer que conhecia o "Escadinha", o apelido do traficante do Comando Vermelho José Carlos dos Reis Encina, que teve frustrada uma fuga cinematográfica de helicóptero do Instituto Penal Cândido Mendes, na Ilha Grande, em 1986. O criminoso foi solto em 1999 e morto em 2004, no Rio de Janeiro.
"Faz muito tempo que o escadinha morreu. E morreu 4 anos depois de sair da prisão, quando passou a agir fora dos morros. Já não era figura tão expressiva. O resto do tempo esteve preso e seu auge foi quando o suspeito aqui de BH era jovem demais. Tudo isso levanta dúvidas sobre essa história", informou o policial, que ainda não está convencido sobre a relação do detido com o crime organizado.