Jornal Estado de Minas

PROBLEMAS

Furto de cabos afeta metrô de BH no 1º dia de funcionamento após greve

No primeiro dia de funcionamento do metrô de Belo Horizonte após mais de 30 dias parado por causa da greve dos metroviários, houve lentidão em alguns trechos nesta segunda-feira (20/3). 

A Compahia Brasileira de Trens Urbanos em Minas Gerais (CBTU-MG) informou que a lentidão causada nas viagens entre as estações Cidade Industrial e José Cândido ocorreu devido ao furto de cabos de cobre.





A empresa informou que os trens tiveram de circular nesse trecho com velocidade de 25km/h a fim de garantir a segurança do tráfego e dos usuários. A previsão é que, até o próximo sábado (25/3), todos os pontos danificados seja restabelecidos.

Os metroviários decidiram retornar ao trabalho em assembleia realizada na sexta-feira (17/2), na Estação Central.

Alívio para usuários do metrô


Apesar dos transtornos na operação dos trens, para o atendente de loja, Thiago Alexander, 25 anos, a sensação de ter o retorno do modal em funcionamento foi de alívio.


"Facilita bastante o meu deslocamento de ida pro trabalho e volta pra casa. Sem o metrô, o meu deslocamento estava demorando pelo menos uma hora a mais do que o normal", destacou.



Thiago Alexander, que é atendente de loja e usa o modal diariamente, se diz aliviado pelo retorno das atividades (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


O mesmo sentimento também foi compartilhado por Ana Áurea Santos, 24 anos, que é atendente de telemarketing, disse que a população como todo saiu prejudicada pelo movimento grevista.

"Tenho pra mim uma sensação de alívio. Infelizmente por ter ficado de greve há mais de 1 mês, de forma geral fomos prejudicados, não somente aqueles que utilizam o metrô, como também os motoristas de ônibus devido a grande demanda da população por não poder utilizar o metrô", afirmou.

Ela também ressaltou que, no horário em que utilizou o transporte por trilhos, a ocupação dos espaços no trem estava um pouco menor que a usual.

Ana Áurea Santos, percebeu o metrô um pouco mais 'vazio' do que de costume (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


"Por volta das 08h, encontrei os vagões mais 'vazios'. Acredito que possa ser devido ao horário ou a população no geral esteja com o receio de uma nova greve", completou.





De acordo com o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), no entanto, há a possibilidade de uma nova paralisação a depender do retorno do governo federal quanto às demandas da categoria.

A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a CBTU-MG sobre essa possibilidade de um novo movimento paredista. A companhia, por meio de nota, diz que sabe sobre a manutenção do estado de greve, que pode culminar ou não em uma nova paralisação.

O comunicado expressa a preocupação da empresa, já que a ausência do funcionamento dos trens afeta cerca de 100 mil usuários por dia útil. A CBTU-MG finalizou dizendo que o movimento paredista que durou 34 dias e paralisou totalmente as atividades metroviárias gerou um prejuízo de mais de R$ 12 milhões.