As testemunhas de defesa dos 10 acusados do caso Backer começaram a ser ouvidas na tarde desta segunda-feira (20/3), no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. Seis testemunhas deverão ser ouvidas hoje, e outras 54 nos próximos 10 dias.
A expectativa é de que os acusados de tentativa de homicídio, adulteração de alimentos e lesão corporal sejam ouvidos ainda nesta fase. As testemunhas de acusação foram ouvidas em maio de 2022.
De acordo com o Fórum Lafayette, a primeira testemunha começou a ser ouvida, de maneira remota. Trata-se de um gerente operacional da cervejaria. Os interrogatórios estão acontecendo de maneira híbrida, ou seja, de forma on-line ou presencial.
Dez pessoas morreram e outras 19 tiveram lesões e sequelas após consumir a cerveja Belorizontina, fabricada pela cervejaria Backer, no final de 2019. Mesmo assim, depois de dois anos e três meses interditada, a cervejaria voltou a funcionar em abril de 2022.
- Três anos depois, vítimas do caso Backer aguardam julgamento da cervejaria
Conforme a apuração da Polícia Civil, as vitimas foram intoxicadas com dietileno e monoetilenoglicol, usados na refrigeração de tanques. A substância teria circulado em dutos no entorno do reservatório da bebida.
O gerente também confirmou que alguns dos envolvidos, dependendo de sua função, participavam da avaliação das bebidas por meio de degustação.
Em seu depoimento, o funcionário explicou sobre o funcionamento dos processos de fabricação das cervejas. Além disso, ele confirmou que audiências diárias eram feitas dentro da fábrica.
O gerente também confirmou que alguns dos envolvidos, dependendo de sua função, participavam da avaliação das bebidas por meio de degustação.