“Preconceito horroroso e inaceitável em qualquer tempo e lugar achar que só existe criminoso em favela e que o tráfico de drogas é a única mazela social que caracteriza a miséria da segurança pública em nosso país”. Foi dessa forma que o delegado-chefe da Polícia Federal em Uberaba, Mário Alexandre Veloso Aguiar, respondeu a um vizinho do prédio onde mora, que havia dito que policiais não estavam indo atrás de “bandido e traficante” nem “entrando em favela”.
O comentário do vizinho evidencia a insatisfação dele com a investigação da polícia a dois suspeitos de terem ajudado a financiar os atos terroristas do dia 8 de janeiro em Brasília e que são moradores do condomínio.
O comentário do vizinho evidencia a insatisfação dele com a investigação da polícia a dois suspeitos de terem ajudado a financiar os atos terroristas do dia 8 de janeiro em Brasília e que são moradores do condomínio.
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“Estão confundindo a autoridade policial (...) com seu vizinho de condomínio.”
Investigações
O delegado esclarece que a investigação que deu origem à fase da Operação Lesa Pátria, na circunscrição da Delegacia de Polícia Federal em Uberaba, tem como objeto os atos ligados aos ataques golpistas ocorridos na Praça dos 3 Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro deste ano. “Trata-se de uma investigação que gerou medidas cautelares, necessárias à preservação de provas, fundamentadas elementos robustos de convicção e provas contundentes, muitas vezes produzidas espontaneamente pelos próprios investigados”, disse.
“Assim, muitos dos gravíssimos atos praticados pelos investigados, embora numa avaliação isolada e simplista pareçam irrelevantes, quando inseridos e associados aos movimentos antidemocráticos que recrudesceram após o primeiro turno das eleições presidências de 2022 demonstraram relação causal e motivadora na radicalização violenta e criminosa, demonstrada nos atos golpistas desencadeados em Brasília, no dia 8/1/2023”, completou.