Jornal Estado de Minas

REAJUSTE SALARIAL

PBH propõe reajuste antecipado e pagamento em parcela única a servidores

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) propôs a antecipação do reajuste salarial de 5,93% aos servidores municipais em parcela única a partir de junho. A oferta foi feita em reunião com os funcionários nesta segunda-feira (20/3), e substitui a proposição anterior, que previa o pagamento dividido nas folhas de julho e novembro.





Segundo a PBH, a medida terá um impacto de R$ 207 milhões, um aumento de R$ 83 milhões em relação à primeira proposta. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) afirmou que a oferta da prefeitura será apresentada aos trabalhadores durante ato marcado para esta terça-feira (21/3), às 9h, em frente à sede do Executivo Municipal.

O prefeito Fuad Noman (PSD) destacou que a proposta foi feita de acordo com a capacidade do município de cumprir com o acordo firmado com os servidores.

“Nós estamos fazendo o máximo possível para dar a vocês uma condição boa. Não podemos prometer uma coisa que não vamos cumprir. Então é uma coisa de cada vez. Quem promete o impossível é um grande mentiroso. Então eu não posso chegar aqui e dizer que vou dar 50% de aumento, chegar em junho e eu não pagar. Já vimos isso acontecer em outras esferas de governo. Então nosso compromisso é fazer o que nós podemos e cumprir a regra com vocês. Não queremos quebrar o trato”, disse,

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Segundo a PBH, com a proposta aceita e o projeto de lei sobre o reajuste enviado à Câmara Municipal, a prefeitura voltará a se reunir com os servidores em outubro para tratar sobre o reajuste previsto para 2024 e outras reivindicações da categoria.

A proposta original da PBH, rechaçada pelos trabalhadores, previa reajuste de 2,5% em julho a ser pago em agosto e 3,43% em novembro a ser pago em dezembro. O Sindibel aponta que a proposta não cobria os prejuízos associados à inflação. Segundo o sindicato, números do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) apontam para uma perda salarial em 7,86% em janeiro deste ano, de 11,4% em julho e de 14% em dezembro.