Belo Horizonte caiu dez posições no ranking de saneamento feito anualmente pelo Instituto Trata Brasil. Entre os indicadores da pesquisa, a capital mineira teve queda em atendimento total e urbano de água. Em 2022, BH estava na 37ª colocação, enquanto neste ano foi para o 47º lugar.
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Desvio de verbas: Uberaba vai receber R$ 4,3 milhões de empresaZoológico de BH recebe tamanduás e furões vindos de Salvador Coletores de lixo encontram crânio humano em sacolaÁgua da cor de xixi: moradores reclamam da água suja nas torneirasPercentual de lares ligados à rede de esgoto sobe no Brasil, mas é inferior a 70%Ouro Preto: empresa é multada em R$ 2 milhões por má qualidade da águaUm dos dados mostra que BH investe apenas R$ 44,23 por habitante em saneamento básico, valor abaixo da média nacional, de R$ 82. Outro ponto destacado na pesquisa é que o principal indicador de piora foi no de ligações de água, com redução de 53,65 pontos percentuais.
Segundo a arefeitura, desde 2002, o Convênio de Gestão Compartilhada, firmado entre o município e o estado de Minas Gerais, estabeleceu "uma nova forma de gestão dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em Belo Horizonte", o que ampliou a cobertura de saneamento na cidade.
Mas, nos últimos dez anos, o aparecimento de muitos loteamentos e ocupações irregulares fez com que os indicadores de cobertura pelo serviço de abastecimento de água caíssem.
"A diminuição nos indicadores de cobertura pelo serviço de abastecimento de água, bem como o aumento dos indicadores de perdas, estão relacionados ao aumento do número de imóveis não oficialmente interligados ao sistema público", afirmam por meio de nota.
Copasa
Já a Copasa, companhia que opera todo o saneamento de BH, informou que atende 100% da "área formal da capital mineira com cobertura de água, índice reconhecido pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte" e também justificou o resultado do relatório com o aumento de imóveis que não tem ligações ativas.
Quanto às perdas de água tratada, a Copasa afirmou que investiu em tecnologias que permitem a identificação de vazamentos não visíveis em 14 cidades da Grande BH. Além disso, está coordenando um projeto de combate a ligações clandestinas em vilas e aglomerados e espera, até julho de 2023, reduzir a perda aparente em 55.398.000 litros de água por mês.