Jornal Estado de Minas

PESQUISA

BH cai dez posições em ranking anual de saneamento e tratamento de água

Belo Horizonte caiu dez posições no ranking de saneamento feito anualmente pelo Instituto Trata Brasil. Entre os indicadores da pesquisa, a capital mineira teve queda em atendimento total e urbano de água. Em 2022, BH estava na 37ª colocação, enquanto neste ano foi para o 47º lugar. 





O Ranking do Saneamento é feito desde 2009, e, em parceria com a consultoria GO Associados, o Instituto divulgou o relatório de 2023 nessa segunda-feira (20/3). Os dados são retirados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

Um dos dados mostra que BH investe apenas R$ 44,23 por habitante em saneamento básico, valor abaixo da média nacional, de R$ 82. Outro ponto destacado na pesquisa é que o principal indicador de piora foi no de ligações de água, com redução de 53,65 pontos percentuais.
Segundo a arefeitura, desde 2002, o Convênio de Gestão Compartilhada, firmado entre o município e o estado de Minas Gerais, estabeleceu "uma nova forma de gestão dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em Belo Horizonte", o que ampliou a cobertura de saneamento na cidade.





Mas, nos últimos dez anos, o aparecimento de muitos loteamentos e ocupações irregulares fez com que os indicadores de cobertura pelo serviço de abastecimento de água caíssem. 

"A diminuição nos indicadores de cobertura pelo serviço de abastecimento de água, bem como o aumento dos indicadores de perdas, estão relacionados ao aumento do número de imóveis não oficialmente interligados ao sistema público", afirmam por meio de nota. 

Copasa


Já a Copasa, companhia que opera todo o saneamento de BH, informou que atende 100% da "área formal da capital mineira com cobertura de água, índice reconhecido pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte" e também justificou o resultado do relatório com o aumento de imóveis que não tem ligações ativas. 

Quanto às perdas de água tratada, a Copasa afirmou que investiu em tecnologias que permitem a identificação de vazamentos não visíveis em 14 cidades da Grande BH. Além disso, está coordenando um projeto de combate a ligações clandestinas em vilas e aglomerados e espera, até julho de 2023, reduzir a perda aparente em 55.398.000 litros de água por mês.