Jornal Estado de Minas

LAGOINHA

Pai das crianças abandonadas é encontrado vivo no interior de MG

O suposto pai das crianças abandonadas em um apartamento no bairro Lagoinha, na região Nordeste de Belo Horizonte, em fevereiro, foi encontrado trabalhando no município de João Pinheiro, Noroeste de Minas. Inicialmente, foi dado como morto, mas segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, ele foi localizado por moradores da zona rural e por um jornalista local. Já a mulher de 53 anos, suspeita do cárcere privado e por abandonar os menores, ainda está foragida. 





Segundo o delegado Eduardo Vieira, chefe da Divisão Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), o homem dado como morto é pai da criança que morreu e dos outros de 3 e 4 anos. Já os meninos abandonados são filhos biológicos de outra pessoa, o qual não há informações a respeito. 

"Estamos em contato com a delegacia da cidade de João Pinheiro para realizar a carta precatória e que o homem possa esclarecer alguns pontos que serão importantes para a investigação. Ele foi encontrado por populares e por um membro da imprensa local, esses tiveram o primeiro contato", explica o delegado. 

Quanto à mulher foragida, nesta quarta-feira (22/3), a polícia realizou uma operação no bairro Imperial, zona rural de São Joaquim de Bicas, e na área Centro-Sul de BH para tentar cumprir o mandado de prisão. 





Na última segunda (20/3), a filha dela, de 29 anos, foi presa pela Polícia Civil enquanto tentava tirar documentos na UAI da Praça Sete, no Centro da capital, e está detida preventivamente.

Relembre

Duas crianças, de 6 e 9 anos, foram resgatadas por policiais militares dia 21/2, após vizinhos denunciarem a situação de abandono dos menores. Na última semana, os irmãos foram encaminhados a uma unidade de acolhimento do Conselho Tutelar da capital, após receberem alta do Hospital Odilon Beherens. Eles vão seguir no local até que uma decisão da Vara da Infância e da Juventude determine a guarda permanente. 

A mãe das crianças está presa no presídio de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, desde o início de fevereiro, suspeita pela morte de um outro filho, de 4 anos, em São Joaquim de Bicas. A detenção aconteceu após o menino dar entrada em uma Unidade Básica de Saúde com sinais de maus-tratos.

Além de ser suspeita de abandonar as crianças, a proprietária do apartamento, que não é parente deles, também é acusada de manter a família em cárcere privado, em São Joaquim de Bicas. Ela está foragida. 

Kátia Cristina Alves, mãe dos meninos, relatou aos seus advogados que foi aliciada, mantida em cativeiro há pelo menos um ano e meio. Ela contou que chegou à capital mineira grávida e junto do marido e dos quatro filhos.