A Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), entidade que representa o setor da aviação perante autoridades e órgãos reguladores, manifestou preocupação em relação ao desmonte do Aeroporto Carlos Prates, na Região Noroeste de Belo Horizonte.
Por meio de uma nota, o diretor geral da Abag, Flávio Pires, afirmou que "o que se precisa é de mais infraestrutura aeronáutica, não menos". "Se fecharmos os aeroportos voltados à formação de pilotos, como poderemos manter nosso sistema aéreo funcionando? Não é possível instalar escolas de aviação em aeroportos como Confins ou Guarulhos", disse.
De acordo com ele, sem pistas de pouso localizadas em regiões centrais das metrópoles, como é o caso do Aeroporto Carlos Prates, fica mais difícil a remoção aeromédica de pacientes de localidades menores. O transporte aeromédico representa 95% da frota brasileira de aeronaves. E sem os aeroportos voltados para a aviação geral, esses aviões não têm onde operar.
Além da importância médica, o Carlos Prates ainda gera centenas de empregos para pilotos, instrutores de voo e pessoal administrativo de empresas aéreas, hangares e escolas de aviação.
Quanto à destinação da área do Carlos Prates para projetos habitacionais, a Abag questiona se não existe outro espaço onde se possam construir prédios ou casas em Belo Horizonte. "Por esse motivo, pedimos às autoridades que revejam essa lamentável decisão de fechar o Carlos Prates enquanto há tempo. Depois do fato consumado, não haverá como voltar atrás e serão as gerações futuras que irão sofrer as consequências", resume Pires.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata