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Estado de Minas AEROPORTO CARLOS PRATES

Associação Brasileira de Aviação critica desmonte do Carlos Prates

Sem o Aeroporto Carlos Prates, ficará mais difícil resgatar pacientes por meio do transporte aeromédico e os empregos de servidores do setor ficarão ameaçados


23/03/2023 14:51 - atualizado 23/03/2023 15:25

Avião e helicóptero em pista do aeroporto Carlos Prates
Fundado em 1944, o aeroporto entrou em funcionamento muito antes da construção de qualquer prédio residencial em seu entorno (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
A Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), entidade que representa o setor da aviação perante autoridades e órgãos reguladores, manifestou preocupação em relação ao desmonte do Aeroporto Carlos Prates, na Região Noroeste de Belo Horizonte.

Por meio de uma nota, o diretor geral da Abag, Flávio Pires, afirmou que "o que se precisa é de mais infraestrutura aeronáutica, não menos". "Se fecharmos os aeroportos voltados à formação de pilotos, como poderemos manter nosso sistema aéreo funcionando? Não é possível instalar escolas de aviação em aeroportos como Confins ou Guarulhos", disse.

De acordo com ele, sem pistas de pouso localizadas em regiões centrais das metrópoles, como é o caso do Aeroporto Carlos Prates, fica mais difícil a remoção aeromédica de pacientes de localidades menores. O transporte aeromédico representa 95% da frota brasileira de aeronaves. E sem os aeroportos voltados para a aviação geral, esses aviões não têm onde operar.
 
Além da importância médica, o Carlos Prates ainda gera centenas de empregos para pilotos, instrutores de voo e pessoal administrativo de empresas aéreas, hangares e escolas de aviação. 

Quanto à destinação da área do Carlos Prates para projetos habitacionais, a Abag questiona se não existe outro espaço onde se possam construir prédios ou casas em Belo Horizonte. "Por esse motivo, pedimos às autoridades que revejam essa lamentável decisão de fechar o Carlos Prates enquanto há tempo. Depois do fato consumado, não haverá como voltar atrás e serão as gerações futuras que irão sofrer as consequências", resume Pires. 

* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata


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