Jornal Estado de Minas

Flora protegida

PBH e Vale assinam acordo para ampliar acervo do Jardim Botânico

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), e a Vale assinaram, nesta quinta-feira (23/3), no Jardim Botânico, um Acordo de Cooperação Técnica para ações de conservação e pesquisa dos campos rupestres. O investimento, ao longo de três anos, soma mais de R$ 1 milhão.





Os campos rupestres são ecossistemas muito complexos, localizados acima de 900m de altitude e com uma megadiversidade com conhecimentos ainda aguardando descoberta.

São muitas espécies específicas que só sobrevivem nas condições presentes no bioma dos campos, cuja proteção é necessária. As medidas serão voltadas para a flora do local.

O Acordo de Cooperação buscará a conservação chamada ex situ, que é a guarda e reprodução de espécies, sementes e recursos genéticos fora do seu habitat natural de ocorrência, a ser realizado nos jardins botânicos. Para tanto, a parceria vai adequar a estrutura do herbário do Jardim Botânico da FPMZB, com aumento da capacidade de armazenamento do acervo em 50%.

Outras medidas incluem reforma da infraestrutura de beneficiamento de sementes e a ampliação do espaço para acondicionamento da coleção viva de campos rupestres.

Os dados das pesquisas serão armazenados no do herbário municipal BHZB , do Index Herbariorum, estando disponíveis para consultas mundialmente.





"O Jardim Botânico é fundamental na elaboração de planos, no sentido de promover a conservação de espécies ameaçadas, a restauração de ecossistemas naturais,  atrair a atenção do público, por intermédio de programas educacionais que privilegiem a manutenção da diversidade genética e o desenvolvimento sustentável”, destaca Sérgio Augusto Domingues, presidente da FPMZB.

“O Acordo de Cooperação com o Jardim Botânico visa ampliar o plano de conservação de espécies rupestres do Quadrilátero Ferrífero, que vem sendo executado pela Vale desde 2014, com a busca de novas plantas, coleta de sementes e propágulos para estudos, reprodução e reintrodução”, destaca Ana Amoroso, engenheira florestal da Vale.