A vacinação de bebês de seis meses a 2 anos está a passos lentos em Belo Horizonte. Em três meses, apenas 8,4% das crianças foram vacinadas, e a baixa procura dos pais pode ser um dos motivos da demora.
Segundo o infectologista Alexandre Moura, é importante manter o cartão de vacina em dia para evitar complicações da COVID-19, como uma doença rara que atinge, principalmente, crianças, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica.
Segundo o infectologista Alexandre Moura, é importante manter o cartão de vacina em dia para evitar complicações da COVID-19, como uma doença rara que atinge, principalmente, crianças, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica.
Desde a liberação da vacina pediátrica, em dezembro do ano passado, o município começou as aplicações em crianças com comorbidades e, em seguida, ao público em geral. Somente os bebês de seis meses foram convocados em fevereiro.
Ainda assim, a baixa adesão pode significar um problema. Se uma criança não vacinada for diagnosticada com COVID-19, corre mais risco de ter complicações de vários tipos, como explica o infectologista Alexandre Moura. "O coronavírus nas crianças tem dois problemas, as complicações respiratórias de pneumonia, asma, bronquite etc. E a Síndrome Inflamatória Multissistêmica. Essa última é rara, mas tem acontecido e foi descoberta em crianças", diz.
"Nesses casos, a COVID-19 desencadeia um quadro inflamatório de dor de barriga, febre e vômito e pode acometer vasos sanguíneos e o coração. O corpo todo inflama, como uma resposta imunológica, mas é exagerada. Os sintomas aparecem após 15 dias de melhora do coronavírus", explica.
O que é a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica?
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica possui vários sintomas, como febre persistente acompanhada de gastroenterite, dor abdominal, conjuntivite e rash cutâneo (surgimento de manchas vermelhas na pele). Sintomas respiratórios não estão presentes em todos os casos identificados.
É uma condição que ainda precisa de estudos, mas, até o momento, foi diagnosticada em pessoas de até de 19 anos, sendo que a média de idade dos doentes em Minas Gerais foi de 7 anos, de acordo com a SES.
Até 15 de março, no último boletim epidemiológico da doença divulgado pela Secretaria, o estado teve 227 confirmados e cinco mortes. Desses, 67 casos foram em BH.
Onde vacinar os bebês?
Para evitar a perda de imunizantes e garantir a vacinação de crianças já convocadas, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) concentrou as doses em centros de saúde específicos em todas as regionais da cidade.
Segundo a PBH, para garantir a vacinação, as equipes dos centros de saúde estão realizando ativa nas comunidades para encontrar as crianças que ainda não se imunizaram.
Confira os endereços de vacinação dos bebês de seis meses a 2 anos:
- Barreiro: Centro de Saúde Barreiro de Cima- Praça Modestino Sales Barbosa, 100, Flávio Marques Lisboa
- Centro-Sul: Centro de Saúde Padre Tarcísio- Rua Coronel Jorge Davis, 500, São Lucas
- Leste: Centro de Saúde Marco Antônio de Menezes- Avenida Petrolina, 869/871, Sagrada Família
- Nordeste: Centro de Saúde São Paulo- Rua Aiuruoca, 455, São Paulo
- Noroeste: Centro de Saúde Carlos Prates- Rua Riachuelo, 35, Carlos Prates
- Norte: Centro de Saúde Aarão Reis- Rua Waldomiro Lobo, 177, Aarão Reis
- Oeste: Centro de Saúde Betânia- Rua Canoas, 678, Betânia
- Pampulha: Centro de Saúde Dom Orione- Av. Otacílio Negrão de Lima, 2.220, São Luiz
- Venda Nova: Centro de Saúde Paraúna- Rua João Ferreira da Silva, 248, Mantiqueira