O tempo de intervalo entre as viagens do metrô de Belo Horizonte está maior nesta terça-feira (28/3), devido a uma nova greve dos metroviários. Os passageiros chegam a esperar por mais de 20 minutos pelo transporte.
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Roubou 2 mil litros de combustível e vendia baratoHomem que agrediu a ex-namorada e estava foragido é preso no RJOito veículos se envolvem em acidente e são lançados para fora da pista Tenente da PM é flagrado dirigindo embriagado na rodovia Fernão DiasA categoria planejava uma paralisação total do serviço a partir de hoje, mas nem todos aderiram ao movimento. Conforme a entidade, cerca de 10% do efetivo de funcionários está trabalhando.
"O sistema está rodando de forma precária. Quem está operando são os trabalhadores que não aderiram ao movimento", comenta o secretário-geral do Sindimetro-MG, Daniel Carvalho, em entrevista à reportagem do Estado de Minas.
O anúncio da nova paralisação foi feito na última sexta-feira (20/3), menos de quatro dias após a retomada das atividades, que ficaram 34 dias suspensas. "Não sabemos qual estratégia a empresa vai adotar. Se vai tentar manter esse ritmo com um intervalo mais longo entre as viagens. O fato é que isso não é sustentável por muito tempo", diz Daniel.
Segundo o secretário-geral do Sindimetro-MG, a estratégia de manter o funcionamento com quadro de funcionários reduzido também pode trazer riscos para a segurança dos passageiros. "Ficamos bastante temerosos. Com viagens muito espaçadas, pode a ver um aumento no fluxo de passageiros, causar superlotação, desconforto e ainda trazer riscos para todos", afirma.
Reivindicações dos metroviários
A greve é uma forma de pressionar o poder público diante da insegurança em relação aos 1.600 postos de trabalho.
"Continuamos pleiteando uma medida efetiva para manter o emprego público desses funcionários. Nós enxergamos que dá para garantir transferências para outras unidades da CBTU", aponta o secretário-geral do Sindimetro.
A categoria não está satisfeita com a incorporação dos colaboradores à empresa que assumiu a gestão da CBTU. "A transferência desses empregados da esfera pública para privada tem um prejuízo enorme, porque eles podem ser mandados embora ao bel-prazer da empresa privada", protesta Daniel.