O governo federal, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos, confirmou nesta terça-feira (28/3) a suspensão das atividades do Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte, no próximo sábado (1º/4).
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Caso o governo estadual tenha uma proposta diferente – como assumir o controle do aeroporto – , o pedido pode ser apresentado ao governo federal. Até o momento, não houve solicitação do governo do Estado para assumir o espaço, informou à reportagem a assessoria do ministério.
Em 14 de janeiro, o prefeito Fuad Noman (PSD) já havia anunciado que o Aeroporto Carlos Prates teria suas operações aéreas encerradas em 1° de abril. Isso porque após o acidente que ocorreu no dia 11 do mesmo mês – quando um avião caiu sobre duas casas no Bairro Jardim Montanhês – o aeroporto virou pauta em Brasília.
Nesse sentido, com a intenção de municipalizar a área, o chefe do Executivo municipal se encontrou com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), na capital mineira, na segunda-feira (13/3). Fuad quer construir 2 mil casas populares, um parque e um polo industrial não poluente no local.
Por outro lado, a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), entidade que representa o setor da aviação perante autoridades e órgãos reguladores, manifestou preocupação em relação ao desmonte do aeroporto situado na Região Noroeste da capital. Por meio de nota, o diretor geral da Abag, Flávio Pires, afirmou que “o que se precisa é de mais infraestrutura aeronáutica, não menos”.
Os rumos do aeroporto também têm incomodado funcionários, empresários, pilotos e estudantes de aviação. Por isso, cerca de 200 deles realizaram uma manifestação nesse sábado (25/3) em frente à portaria principal do aeroporto. Conforme a categoria, cerca de 500 pessoas ficarão desempregadas, 15 empresas deixarão de existir, cinco escolas vão interromper suas aulas e centenas de alunos não poderão retomar seus estudos se as atividades no local forem encerradas.