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Estado de Minas CRIME BÁRBARO

PM que salvou mulher enterrada viva: 'momento mais emocionante da vida'

Coveiros haviam chamado a Polícia Militar denunciando a violação de túmulos, mas os militares não sabiam que uma mulher tinha sido enterrada viva no local


30/03/2023 10:19 - atualizado 30/03/2023 12:16
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Sargento Watson (dir) e o soldado Guilherme (esq) de frente para o túmulo onde mulher foi encontrada enterrada viva
O sargento Watson (dir) e o soldado Guilherme (esq) foram atender a uma ocorrência de violação de túmulo e encontraram a mulher enterrada viva (foto: PMMG/ Divulgação )

Uma situação inusitada e ao mesmo tempo emocionante. Assim o sargento Watson, da Polícia Militar explica como foi descobrir retirar a mulher de 36 anos de dentro de um túmulo, no Cemitério de Visconde do Rio Branco, na última segunda-feira (27/3).


Os fatos e cenas não saem da cabeça do policial, que relembra ter recebido um chamado pelo rádio da viatura da PM, informando que a central da Polícia Militar tinha recebido uma denúncia de violação de túmulo. No momento, ele estava com o soldado Guilherme, seu parceiro do dia a dia.

 

“Os coveiros entraram em contato com a PM, através do 190, oferecendo a denúncia e nós fomos acionados. Quando chegamos ao local, veio a surpresa. É uma situação inesperada. A gente nunca imagina que isso possa acontecer”, diz o sargento Watson.


Ainda segundo o militar, assim que se aproximaram do túmulo, que é na vertical como na maioria dos cemitérios antigos em que os jazigos ficam nas paredes, ele ouviu uma voz.


“No primeiro momento, não acreditei. Estava ouvindo uma voz saindo do túmulo. Mas não tive medo e nem pensei que pudesse ser uma alma penada. Percebi que o fechamento do túmulo estava diferente. Não era com tijolos, como a maioria. Eram lajotas. Aí, falei com o meu parceiro, o soldado Guilherme e chamamos um pedreiro que trabalhava em outro túmulo, pedindo para abrir aquele”, conta ele.


Quando a lajota foi tirada, eles viram a mulher no interior do túmulo, muito machucada. “Ela é conhecida de todos aqui, como usuária de drogas, assim como seu companheiro atual. Chamamos o Samu, que a levou para o Hospital São João Batista”.

 


O militar diz ainda que esse foi um dos momentos mais emocionantes de sua vida, pois pôde ajudar uma pessoa que precisava. “Fico feliz por isso e torço pela recuperação dela", comenta.


A verdadeira história


Segundo o sargento Watson, toda a situação da arma e das drogas que tinham sido entregues pelos traficantes para serem guardados pela mulher, divulgada como a possível motivação para o crime, provavelmente não é real. De acordo com a versão do militar, quem teria ficado com a arma e as drogas seria o companheiro da vítima. 


“Quando os dois traficantes chegaram à casa deles, o parceiro da mulher também estava no local. Eles teriam começado a bater na mulher, para que entregasse o que lhes pertencia. O homem, então, fugiu. Ele conseguiu escapar, e a deixou sozinha”, diz o militar.


A mulher e o homem, além de usuários de drogas, também são conhecidos,  como catadores de lixo pela cidade. A vítima enterrada viva continua internada no Hospital São João Batista e, segundo informações de um funcionário, está em estado grave e requer cuidados especiais.


As polícias Civil e Militar ainda não conseguiram encontrar os dois traficantes, que seriam os autores das agressões e responsáveis pelo sepultamento da mulher viva no cemitério da cidade.


 


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