Jornal Estado de Minas

PECULATO

Operação Quadro Negro: servidora de escola pode ter desviado R$ 500 mil

A Polícia Civil investiga desvios que vão de R$ 300 mil a R$ 500 mil do caixa de uma escola estadual na cidade de Lagamar, no Alto Paranaíba. A principal suspeita é uma funcionária da instituição de ensino, de 43 anos. Na manhã desta quinta-feira (30/3) foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão contra a mulher, na operação Quadro Negro.





Segundo o delegado da Polícia Civil Vinícius Volf Vaz, a funcionária é investigada pelo crime de peculato, e o inquérito foi aberto por meio de denúncia da Secretaria Regional de Ensino e da direção da escola estadual Américo Alves, em Lagamar.

Houve incoerências nas prestações de contas referentes ao período de 2016 a 2022. Preliminarmente foi apurado que a suspeita, que tinha acesso às contas bancárias da escola, teria desviado da caixa escolar, responsável pelos pagamentos de despesas e licitações, mais de R$ 300 mil. Ela teria efetuado transferências para suas contas pessoais e realizado pagamentos em seu nome.

A polícia sugeriu à Justiça que fossem bloqueados bens no valor do prejuízo sofrido pelo Estado, mas os pedidos foram negados. Por outro lado, os de busca e apreensão foram concedidos.


“Foram apreendidos computadores utilizados para realização das transferências bancárias, boletos, comprovantes de transferências bancárias, aparelhos celulares, folhas de cheque em branco assinadas, notas fiscais, documentação de licitações e atas - todos esses documentos em nome da caixa escolar da escola estadual Américo Alves”, disse o delegado Vaz.

Pela análise da documentação, ainda de acordo com o delegado, é possível verificar que a investigada subtraía valores que podem chegar a R$ 500 mil.

Ela foi afastada e, se condenada pelo crime de peculato, pode cumprir pena de 2 a 12 anos de reclusão, além de ter que pagar multa.