Um crime bárbaro. O jovem com deficiência mental William Rodrigues Alves Fernandes, de 20 anos, foi executado no Bairro Beira Linha, Região Norte de Belo Horizonte, a mando de um traficante que está cumprindo pena em uma penitenciária. De lá é que teria partido a ordem para a execução do jovem. O crime ocorreu na noite dessa quinta-feira (30/3) e a vítima, que tinha sido espancada, foi arrancada dos braços de sua mãe para ser morto.
Três suspeitos de participação no crime, sendo dois deles de 16 anos, e outro de 19, foram detidos. Um quarto suspeito está foragido.
Segundo informações de policiais militares que atenderam a ocorrência, William teria importunado uma funcionária de uma sorveteria que seria namorada de um traficante, conhecido por Pedro Ivo. Por causa do episódio, o jovem foi agredido pelo traficante.
Como este não foi o único caso de importunação em que a vítima era acusada, um traficante, identificado por “Peterson” e que cumpre pena em presídio, teria feito uma vídeo-chamada determinando a execução de William.
Agressão
Na tarde de ontem (30/03), William foi cercado por moradores do bairro e agredido a socos e pauladas por ter importunado uma estudante, na frente de uma escola no Bairro Nações Unidas.
Ele foi deixado na rua e a mãe foi socorrê-lo. Quando ela tentava levantar o filho, surgiram os três suspeitos que lhe arrancaram o jovem dos braços e o levaram embora.
Por volta de 20h30, o corpo de William foi encontrado no cruzamento das ruas Copasa e Serra dos Órgãos, no Bairro Beira Linha, com quatro tiros na cabeça, todos de uma pistola 9 milímetros.
A partir do encontro do cadáver, os policiais militares foram até a casa da mãe da vítima, que contou o que aconteceu e ajudou na identificação dos suspeitos.
Os três alegaram que apenas cumpriram ordem do comando do tráfico, que era pegar William e entregá-lo no local onde o corpo foi encontrado. Os suspeitos do crime também disseram que entregaram o jovem a outro homem, que teria sido o responsável pela execução.
Os três detidos foram encaminhados para a Polícia Civil. Os menores de idade serão levados para a Delegacia de Menores. Já o suspeito de 19 anos foi encaminhado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).