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Rodoanel Metropolitano: Governo de Minas assina contrato de concessão


O governo de Minas Gerais oficializou, nesta sexta-feira (31/3), a polêmica construção do Rodoanel da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), com a assinatura do contrato de concessão ao grupo italiano INC S.P.A. A expectativa é que as obras comecem no início de 2024 e se estendam até 2028.




 
A empresa será responsável pela manutenção e operação do anel rodoviário durante 30 anos. Com 100 quilômetros de malha rodoviária, o Rodoanel vai passar por Belo Horizonte e outras 10 cidades da região metropolitana, entre elas Contagem e Betim, que criticaram vigorosamente o traçado do projeto. 

A obra promete desafogar o trânsito da RMBH, reduzindo o tempo de viagem no trecho em até 50 minutos. “É um projeto que vai fazer com que o estado mude, muito, e para melhor. Como empresário, eu sei que passar pela região metropolitana sempre foi um pesadelo”, disse o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (31/3).
 

O governo de Minas irá investir R$ 3,07 bilhões no projeto, montante vindo do acordo judicial assinado com a Vale pelo rompimento da barragem de Brumadinho, enquanto a concessionaria ficará responsável por cerca R$ 2 bilhões.



Etapas do Rodoanel




Na primeira fase, com previsão de conclusão em até cinco anos, serão entregues as obras das alças norte e oeste, que respondem por 70% do tráfego que se espera no Rodoanel.

Além das melhorias no trânsito, o projeto ainda prevê uma redução no número de acidentes no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, já que o fluxo de veículos pesados na via será desviado para o Rodoanel.

O Rodoanel terá um novo modelo de cobrança de pedágio automatizada, chamado 'free flow'. O valor, estimada em torno de R$ 0,35 por km rodado, será pago por meio de equipamentos de monitoramento instalados nas vias.

Críticas


O projeto vem sendo criticado por 'fatiar' as cidades de Betim e Contagem ao meio. O traçado da estrada prevê obras em regiões densamente povoadas, incluindo comunidades tradicionais como o Quilombo dos Arturos.

A construção também é motivo de um imbróglio entre o governo estadual e as comunidades afetadas pelo projeto.