Orações, fé e escuta nas alturas. As cerimônias da Semana Santa começam no domingo (2) com a bênção dos ramos, e, como forma de preparação para missas, procissões, ritos e longas caminhadas, os bispos, padres e diáconos da Arquidiocese de Belo Horizonte renovam, nesta sexta-feira (31), uma tradição. No Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade - Padroeira de Minas Gerais, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, eles participam de um momento especial: a confissão do clero.
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Durante o momento de unidade no topo da montanha, os sacerdotes, reunidos em duplas, “vivenciam o sacramento da confissão”, confessando uns com os outros. Em documento divulgado, a Arquidiocese de BH informa que “a Celebração Penitencial do Clero é importante também pela experiência de fé e conversão, que se realiza por meio da escuta”.
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União
No alto da Serra da Piedade, união de preces pela paz e à espera da Semana Santa, que começa com as bênçãos, missas e procissão do Domingo de Ramos. No tradicional encontro da sexta-feira anterior às cerimônias da Paixão de Cristo, presidido por dom Walmor, participam representantes de 277 paróquias de 28 cidades. Em duplas ao ar livre – um ouvindo o outro e vice-versa, num gesto de humildade, reconhecimento dos pecados e das limitações –, os religiosos cumprem a tradição que, para alguns, já tem décadas.
Neste ano, um dos pilares do encontro é a Campanha da Fraternidade (CF-2023). Iniciativa da CNBB, ela traz o tema “Fraternidade e Fome” e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16).
Em 2023, o foco é o sofrimento causado pela fome a muitas famílias. Na trajetória da Campanha da Fraternidade, as paróquias são incentivadas a desenvolver iniciativas de combate à fome, intensificando ainda mais as ações solidárias. No Domingo de Ramos (2), abertura da Semana Santa deste ano, a oferta dos fiéis durante as missas será integralmente destinada a quem não tem o que comer.