
Em nota à imprensa, a Guarda Municipal informou sobre o início da atuação: “Prefeitura de Belo Horizonte informa que já assumiu a segurança do local, com equipes da Guarda Civil Municipal (GCMBH) posicionadas em todas as portarias e possíveis locais de acesso. Além da Unidade de Segurança Preventiva (USP), foram empenhados 40 agentes e mais de 10 viaturas da GCMBH.”
O terminal está sendo fechado após pressão de moradores preocupados com os acidentes e mortes nos últimos anos. A decisão foi tomada após o acidente no dia 11 de março, quando um avião caiu sobre duas casas no Bairro Jardim Montanhês. Por isso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou, em documento assinado no dia 16 de dezembro de 2022, que o local não vai funcionar mais.
Assim, as empresas que atuam no local, entre elas, escolas de pilotagem e oficinas de manutenção de aeronaves, terão suas atividades paralisadas, assim como os pousos e decolagens de aviões e helicópteros.
Agora, o espaço será entregue para a Prefeitura de BH, que pretende usar a área para a realização de projetos de moradias populares, de indústrias não poluentes, centros de saúde, escolas e outras infraestruturas urbanas necessárias para a população.
Pedido de prorrogação é negado
O governador Romeu Zema esteve em Brasília nesta semana para tentar negociar a prorrogação da retirada do material das empresas, mas não obteve êxito. “Apesar dos esforços empreendidos, o Governo de Minas respeita a decisão do governo federal de manter o plano de desmobilização e se coloca à disposição da Prefeitura de Belo Horizonte e dos cidadãos para contribuir no processo de desmonte, observando as limitações legais”, disse o governo do Estado, em nota.
De acordo com a administração estadual, “o pedido levou em conta a complexidade da operação, que envolve diferentes atores atuantes no aeroporto, bem como a necessidade de um adequado planejamento para minimizar os impactos sociais, incluindo possíveis perdas de empregos e a não execução de serviços já contratados”. A ideia era, segundo o governo estadual, “realizar e implementar um planejamento a respeito do aeródromo de maneira mais adequada, organizada e segura e com tempo hábil para reorganização de todos os envolvidos”.
A sócia-proprietária da VelAir, escola de aviação civil, Caroline Velásquez disse que nenhuma informação em relação a um adiamento foi repassada aos usuários. “A prorrogação não aconteceu, até o momento. Estamos aguardando. Temos feito algumas tentativas com autoridades, mas não tivemos retorno neste prazo tão curto. Estamos esperando algo acontecer, mas não sabemos de onde, nem de quem”.