A partir deste sábado (1°/4), pousos e decolagens estão proibidos no Aeroporto Carlos Prates, na Região Noroeste de Belo Horizonte, por determinação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Por isso, equipes da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH) foram posicionadas em todas as portarias e possíveis locais de acesso.
Em nota à imprensa, a Guarda Municipal informou sobre o início da atuação: “Prefeitura de Belo Horizonte informa que já assumiu a segurança do local, com equipes da Guarda Civil Municipal (GCMBH) posicionadas em todas as portarias e possíveis locais de acesso. Além da Unidade de Segurança Preventiva (USP), foram empenhados 40 agentes e mais de 10 viaturas da GCMBH.”
O terminal está sendo fechado após pressão de moradores preocupados com os acidentes e mortes nos últimos anos. A decisão foi tomada após o acidente no dia 11 de março, quando um avião caiu sobre duas casas no Bairro Jardim Montanhês. Por isso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou, em documento assinado no dia 16 de dezembro de 2022, que o local não vai funcionar mais.
Assim, as empresas que atuam no local, entre elas, escolas de pilotagem e oficinas de manutenção de aeronaves, terão suas atividades paralisadas, assim como os pousos e decolagens de aviões e helicópteros.
Agora, o espaço será entregue para a Prefeitura de BH, que pretende usar a área para a realização de projetos de moradias populares, de indústrias não poluentes, centros de saúde, escolas e outras infraestruturas urbanas necessárias para a população.
Pedido de prorrogação é negado
O governador Romeu Zema esteve em Brasília nesta semana para tentar negociar a prorrogação da retirada do material das empresas, mas não obteve êxito. “Apesar dos esforços empreendidos, o Governo de Minas respeita a decisão do governo federal de manter o plano de desmobilização e se coloca à disposição da Prefeitura de Belo Horizonte e dos cidadãos para contribuir no processo de desmonte, observando as limitações legais”, disse o governo do Estado, em nota.
De acordo com a administração estadual, “o pedido levou em conta a complexidade da operação, que envolve diferentes atores atuantes no aeroporto, bem como a necessidade de um adequado planejamento para minimizar os impactos sociais, incluindo possíveis perdas de empregos e a não execução de serviços já contratados”. A ideia era, segundo o governo estadual, “realizar e implementar um planejamento a respeito do aeródromo de maneira mais adequada, organizada e segura e com tempo hábil para reorganização de todos os envolvidos”.
A sócia-proprietária da VelAir, escola de aviação civil, Caroline Velásquez disse que nenhuma informação em relação a um adiamento foi repassada aos usuários. “A prorrogação não aconteceu, até o momento. Estamos aguardando. Temos feito algumas tentativas com autoridades, mas não tivemos retorno neste prazo tão curto. Estamos esperando algo acontecer, mas não sabemos de onde, nem de quem”.