Dor, revolta, desespero e pedido de justiça na despedida ao ciclista Eduardo Lobato, de 41 anos, sepultado às 15h deste domingo (2), no Parque Renascer, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Representante de indústria farmacêutica, casado, residente no Bairro Ouro Preto, na Região da Pampulha, Eduardo morreu na manhã de sábado (1) ao ser atropelado na rodovia BR-040, em Nova Lima (RMBH), por um motorista que foi preso em flagrante pela Polícia Civil por suspeita de embriaguez ao volante e homicídio culposo.
O motorista, de 55 anos, foi encaminhado para o sistema prisional e está a disposição da Justiça. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), assim que foi acionada, a perícia esteve no local e coletou vestígios para a investigação. O crime ocorreu na altura do quilômetro 563 da rodovia BR-040, trevo de Ouro Preto.
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Após ser velado em uma igreja batista de BH, o corpo de Eduardo chegou ao Parque Renascer às 14h50, escoltado por mais de 100 ciclistas. Na passagem do caixão, eles formaram um corredor de muita emoção. "Até quando?", disse cada um dos ciclistas, formando uma corrente de indignação.
"Queremos justiça e leis que realmente punam os culpados. Precisam sofrer na carne e no bolso. Todos os meses, somos surpreendidos com a morte ou mutilação de amigos. Há pouco tempo mesmo um amigo perdeu a perna, num atropelamento", disse, em lágrimas, o comerciante Beto Paiva, amigo de Eduardo e ciclista.
"Nós, ciclistas, formamos uma família. Hoje, pelo ocorrido, minha palavra é de indignação. Clamamos por justiça”, disse a administradora Lilian Brazil, de 41, ao formar o corredor.
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Desespero
A família de Eduardo Lobato, que era casado e não tinha filhos, preferiu manter a privacidade durante o sepultamento. "Ele foi desrespeitado, queremos respeito nesse momento", disse uma pessoa da família.Amparada por familiares e amigos, a viúva acompanhou o féretro, parte a pé, parte no carrinho que conduzia o caixão. Num momento, ela pediu que Deus lhe desse forças.
Na hora do sepultamento, foi rezado o Pai Nosso, seguido de muitos aplausos a Eduardo Lobato, o "Du", como os amigos se referiram a ele.