A legislação que determina a implementação de bocas de lobo em Belo Horizonte entrou em vigor nessa terça-feira (4/4), por meio da lei 11.473, conforme publicado no Diário Oficial do Município pelo Executivo. No entanto, ainda não há previsão de quando as novas estruturas vão começar a ser instaladas. Segundo a prefeitura, elas “serão colocadas a partir de avaliações técnicas”.
Composta de caixa coletora acoplada no interior dos bueiros, a instalação de “boca de lobo inteligente” nas ruas da capital foi sugerida pelo vereador Fernando Luiz (PSD), em agosto de 2014, por meio do Projeto de Lei (PL) 1.283. À época, ao justificar a proposta, ele disse que a medida poderia auxiliar na redução do acúmulo de lixo nos bueiros e galerias pluviais, o que contribuiria para a ocorrência de enchentes.
Logo, o sistema a ser instalado, a princípio, será confeccionado em material termoplástico e com capacidade mensurada de acordo com os parâmetros técnicos dos bueiros da cidade. Nesse sentido, a caixa coletora gradeada agirá como uma peneira, retendo os resíduos sólidos.
“O equipamento de fácil manuseio pode ser operado pelos responsáveis pela limpeza pública municipal, que hoje já realizam esta função. Entretanto, eles contam com recursos primários, como enxadas e trabalho braçal, acarretando perda de tempo, desperdício de energia e homens que poderiam desempenhar outras tarefas”, destacou, à época, o vereador ao justificar a apresentação do projeto à Câmara.
Conforme último balanço da Prefeitura de Belo Horizonte, em 2022, até o mês de outubro, foram realizadas 98,7 mil limpezas de bocas de lobo na capital, removidas 1,8 mil toneladas de resíduos, desobstruídos cerca de 44,8 quilômetros de rede e 1,4 mil grelhas trocadas. Para a realização dos serviços foram gastos R$ 4,2 milhões.