História, tradição, cultura e religiosidade. Com essa combinação, Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, recebe centenas de visitantes, que participam das celebrações da Semana Santa. O antigo Tejuco é um dos destinos mineiros mais procurados nesse período, com uma programação especial.
De acordo com a prefeitura local, nesta semana, o município recebe cerca de 5 mil visitantes, que também aproveitam para conhecer o casario colonial e curtir os atrativos naturais da região, com destaque para cachoeiras e trilhas.
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O ritual tem como destaque a participação da guarda romana, uma das tradições mais antigas de Diamantina. O grupo é formado por 100 homens, caracterizados como os antigos soldados romanos. Além das roupas características, eles portavam escudos e alabardas (armas que eram usadas pelos romanos).
Mantendo a tradição, a encenação representa as 13 estações da via-crucis enfrentada por Jesus Cristo antes de ser sacrificada, acompanhadas com muita emoção pelos fiéis e visitantes da cidade. São representados cerca de 60 personagens bíblicos.
A via-sacra sairá da Praça do Bonfim, em frente a Igreja do Bonfim. Na sequência, a procissão vai percorrer o centro histórico, com o seguinte trajeto: Rua do Contrato, Praça Dom Joaquim, Praça do Rosário, Rua do Rosário, Praça Barão de Guaicuí e Rua Direita, com chegada na praça em frente a Catedral de Santo Antõnio.
Na noite desta Sexta-Feira, às 20 horas, o público poderá novamente acompanhar a guarda romana na Procissão do Enterro, que acontecerá logo após o Sermão do Descendimento, na Catedral de Santo Antônio. O "sermão" será proferido pelo arcebispo metropolitano, dom Darci José Nicioli.
Conforme explica o padre Tadeu Pereira, pároco da Catedral de Santo Antônio, no Sermão do Descendimento é realizado o seguinte ritual: "tira-se o Senhor Morto da Cruz, coloca-o no esquife e procede-se à Procissão do Enterro, com personagens do Antigo e Novo Testamento (cerca de 120 pessoas), a Guarda Romana, o canto da Verônica, Martírios da Cruz de Cristo, Ordens Terceiras do Carmo e São Francisco".
Ele salienta que a atividade conta com a presença de uma "multidão de fieis" , que percorrem as ruas do histórico da cidade, acompanhados pela Banda Musical do Terceiro Batalhão da Polícia Militar dede Diamantina, executando a "Marcha da Paixão", composição do diamantinense Antônio Efigênio de Souza.
A procissão do enterro terá o seguinte trajeto: ruas Direita, Vieira Couto e do Contrato, Praça Dom Joaquim, Praça do Rosário, Rua do Rosário, Praça Barão de Guaicuí, Praça Conselheiro Mata, Rua Direita, Praça da Catedral e Rua da Quitanda, com encerramento na Igreja do Carmo.
No sábado (8/04), às 20 horas, uma das atrações da programação religiosa na cidade histórica será a "benção do fogo novo", na praça da Catedral de Santo Antônio. " O fogo novo é feito com madeira, na rua ou à entrada da igreja e representa o Cristo que é o fogo que aquece os corações dos fiéis e sua Igreja. Abençoado o Fogo Novo, nele, acende-se o Cirio Pascal, luz do Ressuscitado que iluminará a sua Igreja", afirma o padre Tadeu Pereira.
Ainda no sábado à noite, será iniciada a confecção dos tapetes de serragens nas ruas do centro histórico, para a procissão da ressurreição, que será realizada na manhã do Domingo de Páscoa.
A secretária de Cultura, Turismo e Patrimônio de Diamantina, Márcia Betânia Oliveira Horta, destaca a importância das celebrações da Semana Santa na terra de JK. "A Semana Santa em Diamantina engloba história, tradição e a expressão de fé do nosso povo. Mas, também abrange o desenvolvimento econômico, com a chegada dos visitantes que ocupam os hotéis e pousadas, com o movimento nos bares e restaurantes e venda do artesanato", observa Márcia Betânia.