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Estado de Minas MINERAÇÃO

Mais duas barragens saem de situação de emergência em Minas

Ao todo, dez barragens da Vale deixaram o nível de emergência desde o início de 2022 diante da segurança e estabilidade atestadas


06/04/2023 15:43 - atualizado 06/04/2023 16:55

Barragem Área IX, em Ouro Preto (MG)
Agora com DCE vigente, barragem Área IX, em Ouro Preto (MG) será descaracterizada até 2024 (foto: Vale/Divulgação)
As barragens Área IX (Ouro Preto) e Capitão do Mato (Nova Lima), ambas em Minas Gerais, obtiveram a Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva e tiveram o nível de emergência encerrado, atestando a segurança das estruturas. Ao todo, dez barragens da empresa deixaram o nível de emergência desde o início de 2022.

Conforme a empresa, o avanço contínuo nas condições de segurança das barragens é resultado da evolução das medidas que vêm sendo implementadas como, por exemplo, o novo sistema de gestão das estruturas de disposição de rejeitos, direcionado pelos aprendizados com o rompimento da barragem em Brumadinho e pelas melhores e mais rigorosas práticas como as definidas no Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, em inglês).

Área IX

A barragem Área IX, localizada na mina Fábrica, em Ouro Preto, passou por uma campanha de investigação geológica-geotécnica e recebeu instrumentação complementar para seu monitoramento, o que confirmou as condições de estabilidade do barramento e viabilizou a obtenção da DCE e a retirada de nível de emergência.

A estrutura contém 768 mil m³ de rejeitos e é uma das 30 barragens a montante da empresa que fazem parte do Programa de Descaracterização da Vale. Desde 2019, 40% delas já foram eliminadas, o que equivale a 12 estruturas. A previsão de conclusão da descaracterização da barragem Área IX é 2024.
 
A barragem Capitão do Mato está localizada na mina Capitão do Mato, em Nova Lima, e contém 1,8 milhão de m³ de sedimentos. A região da ombreira direita (terreno natural) da estrutura recebeu obras de estabilização de taludes e melhorias de drenagem, o que resultou em condições satisfatórias de segurança e operação, com a consequente emissão da DCE. A estrutura foi construída pelo método de etapa única e está inativa desde 2019.

A barragem Capitão do Mato
A barragem Capitão do Mato é uma das 10 estruturas da Vale que saíram de situação de emergência desde 2022 (foto: Vale/Reprodução)
  

A empresa enfatiza que as ações foram devidamente comunicadas aos órgãos competentes, conforme as diretrizes estabelecidas no Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) das estruturas e na legislação vigente, incluindo a Agência Nacional de Mineração (ANM), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e a auditoria técnica que acompanha os trabalhos nas estruturas.

Oito estruturas saíram de situação de emergência em 2022

Além de Área IX e Capitão do Mato, em 2022, outras oito estruturas da Vale tiveram o nível de emergência encerrado e obtiveram suas DCEs.

Além disso, em dezembro do ano passado, a barragem B3/B4, localizada na mina Mar Azul, em Nova Lima, saiu do alerta máximo de emergência, com a redução do seu nível de emergência de 3 para 2. O aumento da segurança aconteceu devido ao avanço da descaracterização da estrutura, que já teve mais de 60% do seu volume removido.

Prevenção, orientação e monitoramento

Com objetivo de desenvolver e fortalecer a cultura de prevenção nas comunidades onde atua, a Vale, em parceria e alinhamento com as Defesas Civis Estaduais e Municipais, cumpre um cronograma de testes de sirenes, seminários orientativos e exercícios simulados para orientar a população em caso de emergências envolvendo barragens.
 

A empresa já implementou 140 Planos de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBMs) em estruturas localizadas em Minas Gerais e no Pará, nas unidades de negócios Ferrosos e Metais Básicos no Brasil.

As principais barragens da Vale são monitoradas 24 horas por dia e sete dias por semana pelos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs) da empresa, além de receberem inspeções regulares de equipes internas e externas, que agem prontamente quando são necessárias ações preventivas ou corretivas.

Mais informações sobre as iniciativas para aumentar a segurança das barragens e reforçar a cultura de prevenção nas comunidades podem ser conferidas na mais recente edição do Balanço Vale, relatório sobre a atuação econômica, social e ambiental da empresa.


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