Em 12 dias, quatro escolas públicas de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram alvo de suspeita de ameaças violentas. Os episódios aconteceram nos bairros Icaivera, Imbiruçu, Brasileia e Bom Repouso e estão sendo investigados pela prefeitura da cidade e pelos órgãos de segurança pública.
No início da semana passada, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE) informou que estava acompanhando a situação na Escola Estadual João Guimarães Rosa, no bairro Icaivera. Na ocasião, uma ameaça de massacre aparece escrita na porta de um dos banheiros femininos da instituição.
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A partir de agora, as escolas municipais contarão com a presença de policiais da guarda municipal da cidade. Já as unidades estaduais terão uma ação mais ostensiva da Polícia Militar. Além disso, os Centros Infantis Municipais ficarão sob os cuidados dos guardas patrimoniais.
As creches conveniadas com o município receberão recurso para contratar vigilantes para atuarem por um período de 90 dias, que pode ser estendido, se necessário.
As creches conveniadas com o município receberão recurso para contratar vigilantes para atuarem por um período de 90 dias, que pode ser estendido, se necessário.
Além das forças de segurança atuando nas próprias escolas, o grupo de gerenciamento estabeleceu a intensificação de rondas e patrulhas nas imediações de todas as instituições de ensino. A Polícia Civil também garantiu à prefeitura empenho máximo na investigação dos casos registrados no município.
“Já solicitei à Polícia Civil a quebra de sigilo para descobrir a origem dessa rede de fake news que está espalhando o terror nas instituições de ensino. Queremos localizar os responsáveis por esses atos absurdos”, afirmou Vittorio Medioli, prefeito de Betim.
Medo
Com o avanço do número de casos de suspeitas de massacres em instituições de ensino e supostas ameaças sendo divulgadas nas redes sociais, a Secretaria de Estado de Educação informou que as aulas nas escolas estaduais mineiras estão mantidas normalmente. Conforme a pasta, todas as supostas ameaças estão sendo investigadas.
"Ressaltamos a importância de que todos colaborem no enfrentamento às fake news no ambiente escolar e não compartilhem conteúdos de violência relacionados às escolas - principalmente as informações de cunho duvidoso, sem confirmações de fontes oficiais", diz a nota da Secretaria.