Pais de alunos fazem, na manhã desta terça-feira (11/4), uma manifestação pedindo paz nas instituições de educação da região metropolitana de Belo Horizonte. O ato, que começou às 8h, acontece em frente a Prefeitura Municipal de Contagem.
O protesto ocorre, segundo os pais, de forma preventiva, após casos de violência escolar mais recentes, em São Paulo e Santa Catarina, além de outros que ocorreram no Brasil nos últimos meses. De acordo com o grupo de pais presentes no local, a ideia é evitar que situações semelhantes aconteçam em Minas Gerais.
Pais e mães de alunos estão no local, com cartazes e balões brancos. Eles também vestem camisas da mesma cor, simbolizando os pedidos de paz. Durante o ato, os presentes pedem, em coro, por “segurança nas escolas”.
O protesto começou na Praça Presidente Tancredo Neves, de frente à prefeitura de Contagem. Em seguida, o grupo foi para a porta da prefeitura, onde passaram a pedir a presença da prefeita Marília Campos (PT), gritando "Marília cadê você?". Tábata de Assis, de 32 anos, esteticista e líder do movimento, discursou no local, afirmando que os pais querem guarda fixa nas escolas, assim como é na prefeitura. "Aqui na porta da prefeitura nós vemos guardas municipais fixos, protegendo. Queremos guardas fixos e não visitas nas escolas".
Leia Mais
MG: aulas seguem em escolas estaduais, e governo promete medidasTikTok tira do ar vídeo da 'Lista do Massacre' nas escolasMinistério Público de MG vai investigar 'Lista de Massacres' em escolasVereador quer detector de metal para impedir ataque em Montes ClarosAdolescente que atacou alunas com faca em escola de Goiás é apreendidoMinas Gerais tem 143 cidades em alerta para chuvas fortesPais pedem segurança em escolas de Contagem 'antes que aconteça algo pior'
"Nós, como pais precisamos do apoio deles. Eu cheguei a falar com a professora da escola meu filho que crianças de seis, sete anos chegarem a agredir outras a ponto de quebrar o braço são, futuramente, crianças de quinta série que vão dar trabalho na escola. Que vão estar matando professores, como está acontecendo", continuou.
Natália dos Santos, de 33 anos, manicure, afirmou que não vai mandar seu filho para a escola enquanto não houver reforço na segurança. "Ontem meu menino foi para a escola, no Inteligência, e não tinha segurança nenhuma. A partir de hoje não mando para a escola mais. A gente que é mãe fica com o coração na mão".
Edinho Freira, 42 anos, gerente administrativo, destacou a importância da mobilização acontecer de forma preventiva. "É importante a conscientização dos pais, a gente não defende só nossos filhos, mas toda a comunidade, todo o nosso município. Tem pais representando todos os bairros. Há uma preocupação real em todos nós".
O restante da comunidade escolar, como alunos, professores, direção e funcionários das escolas não participam do ato, em razão deste ser um dia letivo.
A Prefeitura de Contagem informou ao jornal Estado de Minas que há um monitoramento em todas as escolas do município e que iria receber os pais de alunos presentes ao ato. Além disso, uma reunião foi agendada para esta quarta-feira, 12/04, às 9hs, com as forças de Defesa Social: Guarda Civil Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil e Ministério Público, para discutir e alinhar medidas de maior segurança nas unidades escolares do município. Veja a nota:
“A Prefeitura de Contagem e a Guarda Civil de Contagem mantêm o monitoramento constante de todas as unidades da rede municipal de ensino para combater ameaças de violência contra escolas de Contagem.
Ainda, mantendo o diálogo e a escuta à comunidade, a Prefeitura e a Secretaria de Educação estão em permanente contato com as escolas com ações e projetos que visam um ambiente mais seguro para a comunidade escolar.
Caso ocorra a manifestação prevista para hoje, a Secretaria de Governo atenderá os representantes dos pais e mães que estiverem presentes.”