O objetivo da inspeção foi averiguar as causas de rachaduras nas paredes da construção, uma das igrejas mais antigas de Minas Gerais, datada de 1688.
A vistoria foi solicitada pelo administrador diocesano de Januária, padre Natelson Coutinho, que, em plena Semana Santa, interditou o templo histórico e gravou vídeo, pedindo aos fieis e turistas para não visitarem o local, para “não comprometer ainda mais” o problema das rachaduras nas paredes da edificação.
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O padre Natelson Coutinho disse que a Igreja de Nossa Senhora do Rosário vai permanecer fechada, pelo menos até o resultado do laudo da inspeção do IEPHA-MG, que também vai apontar quais as intervenções deverão ser feitas para a recuperação do templo e para garantir a segurança dos seus visitantes e frequentadores.
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Tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário passou por obras de restauração do seu telhado e espaço interno há quatro anos. No início dos anos 2000, a mesma capela histórica ganhou notoriedade no noticiário depois que um sino com peso de 250 quilos foi roubado no local.
Apesar do grande peso da peça, ninguém viu quem roubou o sino, que jamais foi recuperado. A igreja fica situada fora da área urbana do distrito, condição que contribuiu para o furto do sino não fosse percebido.
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Templo mais antigo de Minas
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi construida em 1688, quando se iniciou o povoamento de Minas Gerais e sofreu acréscimo até os anos 1700.
O antropólogo e historiador João Batista Almeida Costa, que fez estudos sobre a região, afirma que a construção é o “templo religioso” mais antigo de Minas Gerais, sendo erguida antes da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, de Matias Cardoso (mesma Região do Vale do São Francisco), datada de 1696.
O historiador afirma que as construções dos dois templos e a ocupação do Vale do Rio São Francisco ocorreram antes da descoberta do ouro na Região de Sabará, Ouro Preto e Mariana.
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Ainda segundo ele, a capela de Brejo do Amparo foi construída por um parente do bandeirante Mathias Cardoso de Almeida. A nave (parte central) conta com dois altares, que ainda estão relativamente preservados, apesar do abandono do prédio histórico.