Com o aumento das suspeitas de atentado às instituições de ensino por todo o país, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) adotou medidas preventivas para segurança nas escolas municipais. A partir de agora, as 323 unidades de ensino da rede municipal contarão com a presença de agentes da Guarda Municipal da capital.
Segundo a administração municipal, agentes da Patrulha Escolar da Guarda Municipal já acompanham as instituições de ensino. Mesmo assim, um grupo de trabalho foi criado para discutir ações de prevenção e encaminhamento em casos de ameaça e situações de violência.
Fazem parte da equipe representantes da Diretoria de Políticas Intersetoriais da Secretaria Municipal de Educação, da Diretoria de Prevenção da Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção (SMSP) e do Comando da Guarda Municipal.
O comandante da Guarda Civil Municipal, Júlio César de Freitas, explica que, além da presença nas escolas, a corporação também trabalha no combate às fake news, de modo a tranquilizar a comunidade escolar e evitar pânico. "Temos uma equipe de suporte que verifica todas as notícias que nos são repassadas. O combate às notícias falsas também é uma estratégia importante para dar tranquilidade para pais e alunos".
Além disso, a corporação mantém contato diário com representantes das escolas por meio de grupos em aplicativos de mensagem. Os chamados são monitorados pelo Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP-BH) para envio imediato de agentes da Guarda. Profissionais treinados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) atuam na mediação de conflitos.
Pânico e fake news
Com o avanço do número de suspeitas de massacres em instituições de ensino e supostas ameaças sendo divulgadas nas redes sociais, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais informou que as aulas nas escolas estaduais mineiras estão mantidas normalmente. Porém, a pasta reforçou que tem investigado todos os casos e pediu que a comunidade acadêmica mantenha a calma.
"Ressaltamos a importância de que todos colaborem no enfrentamento às fake news no ambiente escolar e não compartilhem conteúdos de violência relacionados às escolas - principalmente as informações de cunho duvidoso, sem confirmações de fontes oficiais", diz a nota da secretaria.