Nesta quarta-feira (12/04), a delegada Iara França, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que o caso do jardineiro Cleidson Alves Campos, de 40 anos, está concluído. Duas pessoas serão incriminadas, o taxista Bruno Alves de Andrade, de 30 anos, que efetuou os disparos, e um vizinho dele, de 32 anos, que emprestou o revólver.
A motivação para o crime, segundo a delegada, foi a buzina insistente de uma criança autista, de 4 anos, filho de Cleidson. O crime ocorreu no dia 25 de fevereiro, no Bairro Vila São João Batista, na Regional Venda Nova, em Belo Horizonte. De acordo com relatos, foi algo surpreendente, pois o assassino era amigo da vítima.
Segundo as investigações, o irmão do taxista teria começado a discutir com o pai da criança sobre o barulho da buzina. Momentos depois o taxista chegou ao local.
Ele não procurou saber o que estava acontecendo, saiu do bar onde estavam, pegou uma arma com o vizinho, retornou ao local e entrou sorrateiramente, indo em direção à vítima e atirando por cinco vezes. Quatro deles atingiram o jardineiro.
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O crime teve, segundo a delegada, resquícios de crueldade, pois dois dos tiros foram disparados quando a vítima já estava caída no chão.
O taxista autor dos disparos está preso desde 7 de março. Ele foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Ao ser preso, o taxista disse que tinha agido em legítima defesa, alegando que o jardineiro teria tentado matar seu irmão.
No entanto, os policiais coletaram provas por meio de imagens de vídeo e ouviram testemunhas, que atestam justamente o contrário. O vizinho, que emprestou a arma, está foragido.