A Prefeitura de Belo Horizonte iniciou nesta quarta-feira (12/4) obras de implantação de novas ciclovias na Região Central da capital. As obras serão na Avenida Augusto de Lima, no Bairro Barro Preto, e irão fazer a conexão com rotas já existentes na Avenida Olegário Maciel, além da rota Leste/Oeste, na Avenida do Contorno.
A primeira etapa da obra começou entre as Rua Ouro Preto e a Praça Raul Soares, com marcação e corte do asfalto para implantação dos delimitadores da ciclovia. Para os motoristas que utilizam a pista diaramente, duas faixas da avenida ficarão interditadas durante o tempo da obra, junto ao canteiro central.
Para o integrante da Associação de Ciclistas Urbanos de Belo Horizonte (BH em Ciclo) Marcos Gomes a ação da prefeitura é importante por trazer mais segurança aos ciclistas e ajudar na redução da velocidade da via, mas não basta só instalar novas ciclovias. Na opinião dele, elas têm que se conectar umas com as outras existentes.
“A gente precisa aumentar nossa estrutura, isso é fundamental, mais ciclovias sempre é bom. Mas elas precisam se conectar para atender a demanda da população no seu deslocamento”, explica.
Belo Horizonte hoje é a quarta capital que mais mata ciclistas no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A capital mineira conta hoje com 105 quilômetros de ciclovias, segundo a administradora.
Marcos diz que é possível fazer a Região Central de BH ter um circuito bem amplo e conectado, trazendo os trechos que já existem nas imediações para fazer essa conexão. “A ciclovia da Avenida dos Andradas poderia seguir até Praça da Estação e fazer a conexão com a ciclovia da Rua Santos Dumont”. Ele ainda cita um bom exemplo que é a ciclovia da via 710, que se conecta com a ciclovia da Avenida dos Andradas, possibilitando aos ciclistas seguirem até a Região Centro-Sul pela ciclovia na Rua Piauí.
Para Marcos a ação da Prefeitura é fundamental, porque ela tem um efeito em vários âmbitos. “Quando o poder público se interessa pelo modal de transporte bicicleta, a população entende o recado e adere a ideia. E aí vão vir pessoas pedalarem por diversos motivos: transporte eficiente, por melhor qualidade de vida, por conta do meio ambiente".
"A gente comemora mais uma estrutura. Ainda mais em uma avenida tão importante da cidade, acaba virando um símbolo e um modelo para ser replicada”, celebra.
Expansão e novas melhorias
De acordo com a PBH, a previsão é que a Região Central e seu entorno receba 15 novas estações para 100 bicicletas compartilhadas (convencionais e elétricas), oito quilômetros de ciclovias, além da manutenção das rotas cicloviárias atuais.
Em nota divulgada no início do mês ao Estado de Minas, a prefeitura também informou que, para 2023, além da área central, ainda estão previstos 18 km de novas ciclovias nas regiões de Venda Nova e da Pampulha.
Além da implantação da ciclovia, a PBH também está fazendo obras para a faixa exclusiva de transporte coletivo. Segundo a administração municipal, a previsão para conclusão é de seis meses.