Segundo o advogado da família de Cristiano, André Vartuli, no primeiro julgamento, em 2019, Célio estava foragido e não compareceu ao júri. O corpo de jurados daquela época entendeu que ele era inocente em uma decisão de 4 votos a 3.
“No entanto, o Ministério Público recorreu da decisão, por entender que a absolvição ia contra as provas constantes nos autos, inclusive um vídeo que mostra as agressões. Por isso, esse novo julgamento, agora”, explicou Vartuli.
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Dor
O irmão de Cristiano, Fabiano Nascimento, diz que esse é um momento de muita dor por ele ter reviver o assassinato do irmão, sete anos depois de sua morte. “A gente passou por esse sofrimento, primeiro, na morte do Cristiano. Depois, no julgamento em 2019 e agora. A cada julgamento, a gente volta a sentir a mesma coisa do dia da morte. Revive a perda do meu irmão. É como se não acabasse nunca”, desabafa.
Álvaro Nascimento, pai de Cristiano e Fabrício, não foi ao julgamento. Segundo o filho presente ao julgamento, ele não está em condições, pois vem sofrendo muito com a perda do filho. “Meu pai entrou em depressão desde a morte do meu irmão. Ele trabalha como representante comercial, mexe com vendas, mas não veio para não sofrer mais do que já sofre”, diz Fabiano.
Manifestação
Um grupo de amigos de Cristiano também foi ao julgamento nesta quinta-feira. Fizeram cartazes, um com o rosto de Cristiano e outro com o pai e seus dois filhos, que foram afixados na grade de entrada do Fórum Presidente Pedro Aleixo.
A homenagem foi reforçada por parentes e amigos que fizeram uma camisa com a foto de Cristiano. Um a um eles foram chegando ao Fórum de Contagem e esperam que o réu seja condenado para que se faça justiça.