As investigações tiveram início quando uma testemunha procurou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher para denunciar o caso. Ela contou que, ao ver a criança sendo submetida à situação, imediatamente procurou por alguém que a ajudasse a contê-lo no local até a chegada da polícia, mas o suspeito acabou fugindo.
A criança foi ouvida e confirmou os abusos. Aos psicólogos, a menina contou que recebeu R$ 2 do homem e ainda levou um beliscão para que não contasse o ocorrido a ninguém. A mãe dela não tinha conhecimento sobre os fatos.
Os indícios colhidos pela Polícia Civil de Minas Gerais apontam que o suspeito se aproximou da mãe da vítima, inclusive oferecendo dinheiro em momentos de necessidade, com a finalidade de chegar à menina.
A corporação também apura se houve conivência da proprietária do bar, também senhoria das casas dos envolvidos, no crime em apuração. O local fica no mesmo lote que a casa do suspeito e da vítima.
Outras vítimas
Com a instauração do inquérito policial, a Polícia Civil descobriu que o homem já tinha o hábito de ficar nu dentro de casa no horário em que crianças passavam pela rua a caminho da escola.
De acordo com o delegado Otávio Luiz de Carvalho, durante o cumprimento do mandado de prisão, o homem foi encontrado pelado na cama com uma calcinha infantil. Além disso, os policiais apreenderam DVDs infantis, colas coloridas, giz de cera e o celular do investigado.
"Suspeitamos que ele tinha o costume de cometer esse mesmo tipo de crime contra outras crianças. Agora, com a apreensão do celular dele, iremos apurar a existência de outras possíveis vítimas", informou o delegado.
O celular apreendido será periciado para averiguar se há conteúdo de imagens sexuais envolvendo menores de idade e que possam auxiliar a identificar outras possíveis vítimas. Ele permanece detido no sistema prisional, à disposição da Justiça.