Jornal Estado de Minas

MAUS-TRATOS

Mulher suspeita de manter crianças em cativeiro no Bairro Lagoinha é presa

Foi presa na manhã desta terça-feira (18/4) Terezinha Pereira dos Santos, de 53 anos. Segundo a polícia, ela seria a responsável por abandonar duas crianças em cativeiro, em um apartamento no Bairro Lagoinha. A prisão foi realizada por policiais do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e ocorreu na Avenida Amazonas, na Região Central de Belo Horizonte.





 

As investigações sobre o caso começaram com a morte de uma criança, um menino de 4 anos, por maus-tratos e desnutrição, em 6 de fevereiro deste ano. No dia 21, outras duas crianças, de 6 e 9 anos, foram encontradas abandonadas em um apartamento, no Bairro Lagoinha, em BH. Todas as crianças são filhos de Kátia Cristina Alves, que está presa por causa da morte do filho mais novo.

Terezinha era dona do apartamento onde as duas crianças foram encontradas em situação insalubre. A investigação da polícia descobriu que a a dona do imóvel tinha passagens pela polícia e mantinha um sítio, que também teria sido usado como cativeiro dessas crianças e da mãe delas, em São Joaquim de Bicas.


Terezinha era tratada como avó pelas crianças, embora não fosse sequer parente. Segundo a polícia, a mãe das crianças, Kátia Cristina Alves, teria sido trazida para trabalhar no sítio de Terezinha, em São Joaquim de Bicas. Lá, todos foram mantidos em uma espécie de cativeiro, segundo as investigações.





 

O local foi descoberto em março, após um trabalho conjunto entre as polícias Civil e Militar. De acordo com com as investigações, os indícios de que se tratava de um imóvel usado como cativeiro eram muito fortes. Por causa disso, desde que as crianças foram encontradas abandonadas no apartamento da Lagoinha, Terezinha vinha sendo procurada.

 

Desnutrição

 

As duas crianças ficaram internadas, com desnutrição, no Hospital Odilon Behrens. Ao saber da situação, um tio delas, identificado como Kerrison Cristiano Robes veio de Goiás, terra natal dele, sua irmã e das crianças, para Belo Horizonte cuidar dos sobrinhos.


“Quero a guarda das crianças. Não temos mais nossos pais. Mas a situação que encontrei aqui exige que tome uma providência”, desabafa.