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Estado de Minas LESTE DE MINAS

Primeiro caso de raiva humana em morador de Minas do ano é investigado

Produtor rural de Mantena, no Leste do estado, está internado na Grande Vitória, no Espírito Santo. Governo capixaba confirmou diagnóstico de raiva humana


18/04/2023 21:30 - atualizado 18/04/2023 21:35

Vacina antirrábica chegando a Bertópolis, no Vale do Mucuri
Vacina antirrábica chegando a Bertópolis no ano passado. Cidade registrou quatro casos da doença (foto: SES-MG/ Divulgação)
As autoridades de saúde voltam a ficar em alerta em relação à raiva humana em Minas Gerais, que teve a confirmação de quatro mortes provocadas pela doença em 2022. E está sendo investigado o primeiro caso notificado no estado neste ano.

O paciente é um produtor rural e criador de bovinos, de 60 anos, morador de Mantena, no Leste de Minas. Ele está internado em um hospital na Grande Vitória-ES. O Governo do Espírito Santo, por  meio de nota à imprensa, confirmou que o homem teve o diagnóstico de raiva humana. 

Já a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio de nota enviada ao Estado de Minas na noite desta terça-feira (18/4), informou que foi notificada sobre a suspeita de raiva humana no dia 14 de abril, envolvendo o produtor rural de Mantena.

“O paciente encontra-se em internação hospitalar e possui histórico de contato direto com animal de produção que apresentava sintomatologia neurológica."

A SES-MG informou que o caso segue em monitoramento pelo órgão estadual e “permanece em investigação, aguardando o processamento das amostras coletadas para exames pelo laboratório considerado como referência nacional para raiva (Instituto Pasteur)".
A Secretaria Estadual de Saúde lembra que, em Minas Gerais, “casos isolados da doença em humanos têm ocorrido de forma ocasional”. Confirma que, no ano de 2022, foram registrados quatro anos de raiva humana. Os quatro pacientes morreram, conforme documentou o EM, sendo todos eles do município de Bertópolis, no Vale do Mucuri, registrados entre abril e julho do ano passado. 

Conforme nota divulgada pelo Governo Capixaba, o morador da zona rural de Mantena (que fica perto da divisa com o estado vizinho), no dia 7 de abril, procurou o serviço saúde, apresentando quatro de confusão mental. Ele foi atendido inicialmente no Hospital Estadual Dr. Alceu Melgaço Filho, em Barra do São Francisco (ES).

O quadro de saúde dele piorou, e, no dia seguinte, o homem precisou ser transferido para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, no município de Serra, na Grande Vitória, onde segue internado.


O Governo do Espírito Santo divulgou ainda que análises laboratoriais realizadas pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) no sábado (15/4) confirmaram que o caso é de raiva humana. O resultado foi encaminhado às autoridades sanitárias. 

A Secretaria Municipal de Mantena, de acordo com informação divulgada pelo Portal UOL, divulgou que, imediatamente tomou "as medidas urgentes para isolar a situação e proteger a população". Uma das medidas foi sacrificar o animal (um bezerro), que teria transmitido a doença para o produtor rural.  

"O animal foi sacrificado e incinerado, e todas as pessoas próximas do paciente estão sendo monitoradas e devidamente imunizadas. Não existe motivo para pânico, não existe necessidade de vacinação em massa", diz a nota da Secretaria de Saúde de Mantena. 

Medidas preventivas


A Secretaria de Estado de Saúde anunciou uma série de ações para investigação do caso e prevenção contra a raiva humana em Mantena. Entre as medidas, estão: vacinação antirrábica dos cães e gatos do local provável de infecção e áreas adjacentes, coleta de material para diagnóstico específico da infecção pelo vírus da raiva, deslocamento de equipe técnica da Superintendência Regional de Saúde de Governador Valadares para apoio nas ações de investigação in loco.

Ainda estão previstas: "busca ativa de contactantes, pelo município de Mantena, para atendimento profilático antirrábico humano a partir de avaliação médica, baseada em protocolos e Notas Técnicas vigentes”  e “realização de investigação dos contactantes animais e tomada de medidas de controle indicadas a esse grupo”.


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