

Estavam presentes em Cipotânea o procurador-geral do MPMG, Jarbas Soares Júnior, o titular da Coordenadoria de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais (CPPC/MPMG), promotor de Justiça Marcelo Azevedo Maffra, a presidente do Iepha-MG, Marília Machado Palhares, professores Alessandra Rosado e Luiz Antônio Cruz Souza, da diretoria do Cecor/EBA/UFMG.
Segundo o professor Luiz Antônio, o trabalho só será dado por completo após a instalação no altar permanente. "A equipe está toda presente acompanhando a entrega. O trabalho será concluído quando deixarmos a imagem no altar permanente. Essa restauração foi parte do projeto Extramuros e as escolhas foram feitas pelas paróquias e prefeituras, com assistência do Iepha", explica.

Vida e obra
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nasceu em Vila Rica por volta de 1738 e morreu na mesma cidade em 1814. É o principal artista do período colonial brasileiro, muito estudado por especialistas e reconhecido pelo público em geral, nacional e internacionalmente. Sua formação artística, de cunho regional, foi feita nas oficinas locais de artistas portugueses, nas primeiras décadas do século, incluindo o próprio pai, Manoel Francisco Lisboa.
No campo da escultura religiosa em madeira policromada, a obra de maior significação de Aleijadinho é o conjunto dos sete Passos da Paixão do Santuário de Congonhas, na Região Central de Minas, executadas entre 1796 e 1799. São 64 imagens em tamanho natural compondo os grupos da Ceia, Horto, Prisão, Flagelação, Coroação de Espinhos, Caminho do Calvário e Crucificação. Faz parte do conjunto de Congonhas o também emblemático conjunto dos 12 profetas em pedra sabão, executado nos primeiros anos do século 19, que compõem o cenário no adro.
Também comprovadas, de acordo com informações do Cecor, são as importantes obras dos santos carmelitas São Simão Stock e São João da Cruz, da Ordem Terceira do Carmo de Sabará, na Grande BH, com documentação histórica do ano de 1778.