A experiência da Polícia Militar de Minas Gerais, no combate ao Novo Cangaço, coloca a corporação em evidência no Brasil, com pedidos de ajuda de vários estados. Nesse exato momento, uma força, com 15 homens, está no estado de Tocantins, participando da perseguição e captura de um grupo que, como se diz na gíria, “tocou fogo em Confresa”, no Mato Grosso, há três semanas, quando foram roubar uma transportadora de valores.
A PM mineira integra uma força tarefa que inclui policiais do Mato Grosso, Pará, Goiás e Tocantins, além de Minas Gerais. “O pedido para o auxílio da PM mineira foi feita pelo comandante da Polícia Militar de Tocantins, coronel Mário Barbosa, quatro dias depois do atentado”, diz o tenente-coronel Flávio Santiago, chefe do setor de Imprensa da Polícia Militar.
Segundo ele, a força-tarefa mineira é composta por policiais do Bope, que inclui uma força aérea, com um helicóptero e um especialista em drone, sendo que este equipamento inclui um irradiador térmico, que permite a localização de calor humano à noite.
Ação
Na última terça-feira (18/4), a força mineira participou do cerco a integrantes desse grupo que tentou o assalto à transportadora de valores, que terminou com a troca de tiros e quatro dos criminosos mortos.
Segundo estimativas da Polícia Militar do Mato Grosso e do Tocantins, o grupo é formado por 20 integrantes. Até o momento, seis já foram mortos. As buscas estão concentradas na área da Ilha do Bananal. Os militares mineiros são especialistas em combate em áreas de mananciais e matas.
O atentado
Há três semanas, o grupo atacou a cidade de Confresa. Os bandidos atiraram contra uma base da PM da cidade e explodiram as paredes de da empresa especializada em segurança e transporte de dinheiro.Houve a reação da Polícia Militar mato-grossense, e os criminosos fugiram pelo rio, que leva à Ilha do Bananal.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) os militares mineiros apreenderam quatro fuzis - um deles com luneta, sendo um HK, dois Colt e um AK-47.
Prejuízo
O ataque em Confresa casou graves prejuízos à vida, não só de confrsa, mas de cidades da região atacada. As prefeituras de Marianópolis do Tocantins e Araguacema tiveram que suspender aulas, assim como serviços públicos de atendimento médico na zona rural para evitar risco aos profissionais e à população.