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Estado de Minas SE ENTREGOU

Preso terceiro suspeito de enterrar mulher viva

Crime foi motivado por perda de mercadoria ilícita que a vítima guardava para os homens


20/04/2023 21:19 - atualizado 20/04/2023 21:55

Cova em que mulher foi enterrada viva em Visconde do Rio Branco
Homem de 22 anos é suspeito de ter espancado e enterrado a vítima viva no cemitério da cidade (foto: PMMG / Divulgação)
Nesta quinta-feira (20/4), o terceiro suspeito da tentativa de homicídio a uma mulher de 36 anos, em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata mineira, no dia 28 de março, foi preso. A vítima foi espancada por três indivíduos e enterrada viva no cemitério da cidade. Contudo, foi resgatada com vida.


O homem de 22 anos se apresentou voluntariamente na delegacia do município. Ele estava foragido desde a prisão dos outros dois envolvidos, de 20 e 22 anos


Na primeira detenção, os homens tentavam fugir para o Rio de Janeiro quando foram abordados pela Polícia Civil. 


Os suspeitos estão sendo investigados por tentativa de homicídio qualificado, por motivo torpe, que seria a vingança. Além disso, uma linha de apuração, que ainda não foi descartada, é que o crime seria, também, qualificado como feminicídio, por se tratar de uma violência motivada pelo menosprezo pela vítima. 

De acordo com o delegado regional da Polícia Civil, Diego Cardian, os suspeitos já tinham passagem pela polícia por atos infracionais análogos ao tráfico de drogas quando ainda eram adolescentes. Além disso, um dos suspeitos já havia sido preso por corrupção de menores, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. 


Relembre o caso 


Na manhã do dia 28 de março deste ano, funcionários do Cemitério Municipal de Visconde do Rio Branco, encontraram gotas de sangue em uma área interditada do local. Os coveiros perceberam, ainda, um sepulcro fechado com tijolo e cimento fresco.


Ao chegarem ao local, os militares ouviram uma voz baixa e fraca pedindo socorro vindo do túmulo e quebraram a lápide, que estava fechada com materiais de alvenaria. A mulher estava com um corte na cabeça, cortes pelo corpo e sinais de desidratação.

 

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e a vítima, encaminhada para o Hospital São João Batista. Ela deu entrada no Centro de Tratamento Intensivo da unidade, onde continuava internada com o quadro de saúde estável.


A mulher disse aos agentes ter guardado drogas e armas para a dupla, mas foi roubada antes de encontrá-los. Por isso, segundo ela, foi agredida fisicamente e levada ao cemitério.

 

A vítima relatou que dois homens encapuzados invadiram a casa dela e a agrediram. Ela disse ainda que estava com o marido no momento da abordagem, mas que ele conseguiu fugir, e ainda não foi localizado. A partir daí, a mulher disse não se lembrar de mais nada, até acordar no sepulcro. Ainda não há informações de quanto tempo ela ficou no local.




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